Vacina da AstraZeneca limitada a pessoas com mais de 40 anos no Reino Unido

Registaram-se 242 casos de coágulos sanguíneos em pessoas com mais de 40 anos que receberam esta vacina. 

O comité científico que averigua a campanha de vacinação contra a covid-19 aconselhou, esta sexta-feira, limitar a administração da vacina da AstraZeneca a pessoas com mais de 40 anos, depois de terem sido registados 242 casos de coágulos sanguíneos.

De evidenciar que o Comité Conjunto de Vacinação e Imunização [Joint Committee on Vaccination and Immunisation, JCVI], já tinha recomendado em abril a não inoculação desta vacina a maiores de 30 anos, havendo essa possibilidade.

Contudo, a alternativa de fármaco para este grupo etário só deve acontecer quando existirem vacinas alternativas e "se não houver atraso substancial ou impedimento no acesso à vacinação", frisou o presidente do JCVI, Wei Shen Lim, numa conferência de imprensa.

"Se o programa de vacinação continuar em força, uma futura onda de infeções é provável que seja menor do que inicialmente previsto tendo em conta o que sabemos sobre as vacinas" em relação à redução de complicações e transmissão da doença, salientou.

Segundo os dados revelados esta sexta-feira, foram identificados 242 casos de coágulos sanguíneos entre mais de 28 milhões de doses da vacina da AstraZeneca administradas até 28 de abril, o que representa uma incidência de 10,5 casos por milhão de britânicos.

Entretanto, as autoridades britânicas estimam que pelo menos, até março, 10 mil mortes foram evitadas, graças à campanha de vacinação no Reino Unido, uma das mais avançadas do mundo.

Quase 25 milhões de pessoas já receberam a primeira dose neste país e cerca de 16 milhões têm a vacinação completada, com um intervalo de entre três e 12 semanas, o que corresponde a 66,3% dos adultos vacinados com a primeira dose e 30,9% com as duas.