O Sporting deu um passo de gigante para a conquista do título de campeão nacional na 31.ª jornada da Primeira Liga. No primeiro lugar da tabela classificativa desde a 14.ª jornada, os leões contavam à entrada desta jornada com seis pontos de vantagem sobre os dragões, que ocupam o segundo lugar, e 10 pontos sobre os encarnados (terceiros classificados).
Em Vila do Conde, onde se esperava difícil tarefa para o Sporting, o emblema de Alvalade honrou o seu favoritismo e venceu por duas bolas a zero, sedimentando a liderança quando já só faltam três jornadas para o final. E, como se não bastasse esta conquista, com golos de Pedro Gonçalves e Paulinho, o clássico entre Benfica e FC Porto, no Estádio da Luz, terminou empatado.
O empate a uma bola na Luz, num jogo que gerou polémica, após os ‘encarnados’ terem visto duas grandes penalidades anuladas pelo VAR, serviu, maioritariamente, o Sporting, já que tanto FC Porto como Benfica ficaram a mais dois pontos de distância dos líderes da tabela classificativa, bastando agora aos ‘leões’ vencer no próximo jogo, frente ao Boavista, para se sagrarem oficialmente campeões nacionais, 19 anos após a sua última conquista deste título. Isto ou esperar que o FC Porto deslize frente ao Farense, na véspera, segunda-feira.
A partida no Estádio da Luz, no entanto, tem mais que se lhe diga. O emblema da casa começou por se colocar em vantagem ainda na primeira metade, e, nos últimos instantes, Artur Soares Dias assinalou grande penalidade para os ‘encarnados’, que acabaria por anular após verificação do VAR. Já na segunda metade do jogo, a mesma situação: Diogo Gonçalves pisou Zaidu antes de cair na área e a grande penalidade foi retirada. Os ‘dragões’ acabaram por lucrar e, aos 75 minutos, lograram o empate, com um remate certeiro de Mateus Uribe.
Nos momentos finais da partida, nova polémica aterrou na Luz. Os ‘encarnados’ bateram Marchesín, quando passavam dois minutos dos 90’, mas o golo foi invalidado por Artur Soares Dias, que considerou que Darwin estava em posição irregular.
As decisões do VAR fizeram levantar ondas de críticas por parte dos dirigentes ‘encarnados’, que, já na sexta-feira, emitiram um comunicado a acusar «uma dualidade de critérios em matéria disciplinar» e a deixar uma forte mensagem ao juiz da partida: «Desejamos a Artur Soares Dias as maiores felicidades no Campeonato da Europa, mas se não consegue ser imparcial e se sente condicionado a apitar jogos do Benfica diante do FC Porto, à imagem do que aconteceu ontem e no passado, iniba-se desse encargo».
As queixas, entretanto, resultaram numa queixa da APAF no Conselho de Disciplina da FPF contra Jorge Jesus, o Benfica, Grimaldo e Otamendi.