O Tribunal de Recurso de Paris volta atrás e decidiu, esta quarta-feira, que a companhia aérea Air France e a fabricante aeronáutica Airbus devem ir a julgamento pelo acidente do avião que se despenhou no Atlântico em 2009, no qual estavam 228 pessoas a bordo, num voo de ligação entre Rio de Janeiro e Paris.
De acordo com fontes judiciais, os representantes destas entidades vão ter de comparecer no Tribunal de Paris pelo crime de homicídio involuntário.
Desta forma, a decisão tomada agora pelo Tribunal de Recurso francês invalida o arquivamento do caso, em 2019, no final do processo de instrução.
Os advogados da Airbus, Simon Ndiaye e Antoine Beauquier, anunciaram consecutivamente um recurso, ao acusar uma “decisão injustificada” e "em contradição com os juízes de instrução que conheciam bem o processo".
Um dos advogados da Air France, François Saint-Pierre, reiterou que “a Air France nega ter cometido uma falta criminal que está na origem deste terrível acidente”.
Já a presidente da associação Entraide et Solidarité AF447, Danièle Lamy, exprimiu "com imensa satisfação ter finalmente sido ouvido em tribunal”.