O Ministério Público de Matosinhos deduziu a acusação contra um homem, dono de um cão de raça potencialmente perigosa, não esterilizado, que atacou uma criança e três adultos. O arguido é acusado de três crimes de ofensa à integridade física grave por negligência e um crime de ofensa à integridade física por negligência.
De acordo com uma nota divulgada, esta quarta-feira, no site oficial da Procuradoria-Geral Regional do Porto (PGR), o despacho de acusação revela que os factos ocorreram no dia 24 de maio de 2017, em Matosinhos. “O arguido tinha à sua guarda e cuidados um canídeo, de raça potencialmente perigosa, não esterilizado, que levou para a via pública, sem fazer uso de qualquer mecanismo de segurança como coleira, trela ou açaime”, lê-se.
Nessas circunstâncias, o animal tentou morder uma criança, “pelo que o arguido foi instado pelo progenitor desta a prendê-lo, o que recusou fazer, continuando o seu percurso”. No entanto, logo em seguida, pensando que podia estar a ser fotografado, o arguido “decidiu voltar para trás e, em estado de exaltação, aproximou-se do pai da criança com o propósito de lhe retirar o aparelho de telemóvel”.
Perante a atitude do arguido, o animal correu na direção da criança, que se encontrava junto do pai, “atacou-a e mordeu-a, bem como mordeu mais três pessoas que intervieram para fazer cessar o ataque, sem que o arguido tivesse assumido qualquer comportamento para o separar e afastar”.
De acordo com a mesma nota, os quatro ofendidos sofreram lesões no seu corpo, três dos quais de forma grave.
“Relativamente à circulação do animal na via pública sem trela, sem açaime e sem esterilização foram lavrados oportunamente os respetivos autos de contraordenação”, informa a PGR.