A Polícia Judiciária (PJ) deteve, esta quarta-feira, nove pessoas pela presumível autoria de “dezenas de crimes de burla informática agravada, falsidade informática e acesso ilegítimo”, no âmbito de uma operação policial de combate ao cibercrime, em inquérito tutelado pelo Ministério Público (MP) de Santarém.
Em causa estão “vários casos de fraude perpetrados de forma organizada, com recurso à aplicação MBWay”, explicou a PJ.
“A estratégia investigatória visou a localização e agrupamento das várias participações que se encontravam dispersas por várias comarcas do país, por forma a demonstrar a atividade delituosa reiterada e organizada, conjugando e analisando toda a informação de forma a identificar/localizar os agora detidos”, lê-se.
Os autores dos crimes, seis mulheres e três homens, “levaram a cabo múltiplas ações criminosas, com impacto em várias vítimas”.
A PJ apreendeu ainda vários objetivos relacionados com a prática criminosa e/ou adquiridos da forma ilícita. Segundo a PJ, “o valor do dano” chega aos 170 mil euros, “prevendo-se que este valor possa aumentar com a continuação da investigação”.
A investigação contou com a colaboração com a SIBS, entidade gestora da aplicação MBWay, e os detidos irão ser presentes a primeiro interrogatório judicial, para aplicação da medida a coação considerada adequada.
A Polícia Judiciária deixou ainda alguns conselhos para evitar burlas com a aplicação MB Way:
Nunca forneça a ninguém o código de ativação ou pin de acesso à aplicação MbWay;
Tenha atenção redobrada perante a abordagem de estranhos que queiram pagar por MbWay;
Nunca adicione um número de telefone estranho à sua conta bancária;
Nunca instale esta aplicação sob a orientação de estranhos;
O número de telefone dá acesso direto à movimentação da sua conta;
Se tem dúvidas consulte o seu banco;
Informe-se antes de aderir. Duvide, pergunte, confirme e só depois adira.