A Bélgica suspendeu, esta quarta-feira, a administração da vacina da Janssen, da farmacêutica Johnson & Johnson’s (J&J), para menores de 41 anos. Em causa está a morte de uma mulher por consequência de graves efeitos secundários após receber o fármaco, informa a agência Reuters.
"A conferência interministerial decidiu administrar temporariamente a vacina da Janssen/ Johnson &Johnson apenas às pessoas com mais de 41 anos, enquanto aguardamos uma análise mais detalhada do benefício-risco por parte da EMA", afirmou o ministro da Saúde belga, citado pela Reuters.
De acordo com a agência, não houve nenhuma declaração divulgada por parte da Johnson & Johnson até ao momento.
A mulher tinha menos de 40 anos e morreu na passada sexta-feira, após ter sido internada no hospital com sintomas de trombose grave e plaquetas em défice, indica a declaração do ministério.
A Bélgica já pediu à Agência Europeia do Medicamento (EMA) para avaliar este caso. Agora ficará à espera da opinião final, sem ter data de apresentação deste veredicto.
Até à data, a Bélgica administrou 80% das 40 mil vacinas que recebeu em pessoas com mais de 45 anos. A vítima foi vacinada através da sua entidade empregadora, fora da campanha oficial de vacinação anti-covid-19 do país, segundo indica a agência.
A farmacêutica norte-americana anunciou, no dia 20 de abril, que iria colocar novos rótulos na sua vacina, após ter solicitado a vários países europeus, nomeadamente a Bélgica, para fazer uma pausa na administração devido a possíveis ligações de coágulos sanguíneos raros.
Porém, a J&J indicou que não foi encontrada nenhuma relação causal entre os coágulos e a vacina, e a Agência Europeia do Medicamento também afirmou que os benefícios da Janssen são superiores a quaisquer riscos.