Filha de Gordon Ramsay passou três meses internada após agressões sexuais

Holly Ramsay tinha 18 anos na altura das agressões. Foi diagnosticada com stress pós-traumático, ansiedade e depressão.

Holly Ramsay, filha do chef de cozinha Gordon Ramsay, revelou que passou três meses internada num hospital psiquiátrico, após ter sido vítima de duas agressões sexuais aos 18 anos. A jovem, agora com 21 anos, foi diagnosticada com stress pós-traumático, ansiedade e depressão após ter abandonado a universidade.

No seu novo podcast, 21 & Over, Holly explica que iniciara um curso de design de moda. “Eu adorava. Era um curso muito intenso. Mas na segunda parte do primeiro ano, eu estava a ser afetada pelo meu stress pós-traumático e não fazia ideia do que estava a acontecer. Saía muito, faltava às aulas porque andava a sair. Andava em demasiadas festas e não me estava a divertir. Eu estava com mais problemas, mas não me dei conta porque pensava que era a ressaca ou o excesso de trabalho”, começou por contar.

Holly decidiu então abandonar o curso na Ravensbourne University, em Inglaterra, após um ano e foi internada no único hospital privado dedicado à saúde mental em Londres, onde viria a ser diagnosticada.

“Desde então, tenho feito terapia três vezes por semana. Agora tenho de lidar com estes diagnósticos. É confuso, mas estou a tentar assumir o controlo da minha narrativa e usá-la para fazer algo bom”, explicou.

“O stress pós-traumático foi resultado de duas agressões sexuais quando eu tinha 18 anos. Só contei a alguém sobre isto um ano depois. Simplesmente enterrei numa caixa bem no fundo da minha cabeça e tentei fazer tudo da melhor maneira”, contou.

A jovem afirmou ainda que “não sabia que era possível sofrer de pós-traumático após uma agressão sexual” e que pensava que só quem esteve “no exército ou passou por situações de violência” podia ter tal diagnóstico.

No podcast, Holly contou que o pai Gordon, de 54 anos, a mãe Tana, de 46, o seu irmão gémeo, de 21 anos, e as irmãs, de 23 e 19 anos, e até o irmão mais novo, de dois anos, lhe deram “o maior apoio incondicional” na sua luta.

“Eu perdi amigos. É mesmo uma caminhada. Mas espero que, ao falar abertamente, possa ajudar outras pessoas”, sublinhou.