António Lacerda Sales, secretário de Estado Adjunto e da Saúde, revelou, esta quinta-feira, que há três critérios que podem vir a ser considerados na avaliação de um novo modelo da matriz de risco de transmissibilidade da covid-19. São eles: vacinação, novas variantes e a pressão nos hospitais.
"Temos um grupo de trabalho que vem acompanhando esta matéria, quer nas medidas que possam ajustar a matriz de risco, quer em outros indicadores complementares, também importantes, como a vacinação, o tipo de variantes ou pressão sobre os serviços hospitalares, que podem vir a ser considerados quando se fizeram novas avaliações", disse, numa visita ao Centro Hospitalar Universitário do Porto.
Sobre os cerca de 500 mil utentes que não responderam às mensagens de agendamento de vacinação – um número que foi, esta quinta-feira, avançado pelo jornal Público – ou que não compareceram nos dias marcados para a inoculação, Lacerda Sales diz que “são situações pontuais”.
"Tem havido um grande trabalho, nomeadamente no autoagendamento. Tentamos montar uma 'rede' que possa apanhar toda a gente, mas há situações pontuais em que as coisas não correm tão bem. Temos de recuperar essas pessoas que ficaram para trás", afirmou.
Segundo o governante, têm-se registado problemas de comunicação, sobretudo, com pessoas mais velhas. No entanto, estão a ser utilizados outros métodos de convocação da vacinação.
"Temos usado o telefone, cartas, e até temos técnicos das juntas de freguesia e das câmaras municipais e irem à casa das pessoas. Não queremos que ninguém fique sem a vacina", explicou.