A Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes, e a Unidad de Drogas y Crimen Organizado do Cuerpo Nacional de Policia de Espanha, desmantelaram uma rede internacional de tráfico de droga. Segundo um comunicado da PJ, esta terça-feira divulgado, trata-se de “uma das mais importantes organizações criminosas de distribuição de cocaína no País Basco.
A rede era liderada por “um indivíduo com largos antecedentes policiais” e “socorria-se de diversas empresas para proceder à importação de grandes quantidades de cocaína em contentores”.
A descoberta foi feita no decurso de uma investigação, que se iniciou em Portugal há mais de um ano, e havia informações de que a rede “poderia estar a efetuar importações através de portos marítimos” do país.
A PJ, em articulação com a Autoridade Tributária e Aduaneira, identificou e localizou “dois contentores de carvão provenientes de um país da América Latina num dos quais se ocultava uma importante quantidade de cocaína acondicionada em várias dezenas de sacos dos mais de mil e trezentos, que acondicionavam o carvão”, no Porto de Sines.
A droga confundia-se com pedaços de carvão e “foi transformada na origem através de um complexo processo químico normalmente utilizado por cartéis colombianos e mexicanos na dissimulação da cocaína”, o que tornou a sua deteção “extremamente difícil”.
“Na sequência da deteção do estupefaciente no Porto de Sines e tendo-se constatado que o mesmo se destinaria provavelmente a Espanha, como depois se confirmou, a autoridade judiciária competente, neste caso o MP de Santiago do Cacém, autorizou que se procedesse a uma entrega controlada”, lê-se.
No trajeto até Espanha, “os contentores foram seguidos, sempre sob apertada vigilância policial e durante mais de 800 km”. O destino final seria um armazém situado em Medina del Campo, na região de Castela e Leão, “onde a droga, num total de 862 kg, foi apreendida e se procedeu à detenção de três homens, entre eles o alegado líder da organização criminosa”.
“Esta operação conjunta, à semelhança de outras que têm sido realizadas no domínio do combate ao tráfico ilícito de estupefacientes, resulta da articulação e permanente troca de informação entre a Polícia Judiciária e o Cuerpo Nacional de Policía de Espanha”, esclarece ainda a PJ.