Continua a novela em torno da Copa América. Após a retirada da Colômbia e da Argentina, e da tomada das rédeas por parte de Jair Bolsonaro e do Governo brasileiro, a seleção nacional do país mostrou-se contra a organização do evento. Os amarelos e verdes não ficaram felizes por terem retirado a organização do evento aos seus rivais do Sul, e decidiram, em protesto, não surgir na conferência de imprensa prévia ao jogo contra o Equador, relativo às eliminatórias para o Campeonato do Mundo 2022, que se jogou na madrugada deste sábado.
Quem apareceu na conferência e falou em nome da seleção foi Tite, o selecionador ‘canarinho’, que confessou o desagrado dos jogadores. Os mesmos terão pedido «uma conversa direta ao presidente (da Confederação Brasileira de Futebol)».
«A partir daí, a posição dos atletas também ficou clara. Temos uma posição, mas não vamos falar sobre isso agora. Temos uma prioridade agora de jogar bem e ganhar o jogo contra o Equador. Entendemos que depois dessa data, as situações vão ficar claras», avançou o selecionador, mantendo alguma ambiguidade sobre os próximos passos da seleção. O emblema brasileiro entrou num verdadeiro blackout em protesto.
Jogadores em complô
Quando os jogadores brasileiros começaram lentamente a mostrar o seu desagrado com a organização desta competição no país, houve logo quem falasse em boicote. O diário desportivo espanhol As garantiu que os jogadores brasileiros estão já em negociações com futebolistas de outras seleções para boicotar o evento, isto pouco depois de a imprensa brasileira ter garantido que a própria seleção do país está a ponderar não participar.
Já os argentinos, rivais eternos, segundo avançou a ESPN Brasil, ficaram furiosos com a sua federação nacional por ter deixado fugir a organização do evento, e com a entrega ao Brasil, que já organizou esta competição em 2019. Desde 1993 que a seleção de Lionel Messi não vence a Copa e perdeu assim a oportunidade de tentar a conquista na sua própria casa. Como tal, os jogadores argentinos estarão também em complô para boicotar a competição, entrando em contacto com membros de outros emblemas nacionais para os convencer a não pisar também os relvados a partir do 13 de junho, data em que arranca a competição de futebol.
Brasil abre portas
O Brasil disse ‘Oi!’ à Copa América, após o campeonato ter ficado órfão de organizadores (a Colômbia e a Argentina afastaram-se a duas semanas do início). Esta alteração tem sido fortemente criticada, mas Jair Bolsonaro e o seu gabinete mantêm-se fiéis à ideia, e não parecem duvidar das capacidades do país para organizar a competição em segurança.