Os Santos perdem a popularidade em Lisboa pelo segundo ano consecutivo e resta-nos entrar já em modo Campeonato da Europa 2020. Portugal inicia a defesa do título no dia 15 de junho, mas a prova dá o pontapé de saída em menos de uma semana. Como tal, qualquer desculpa é incrivelmente oportuna para mais um programa numa esplanada deste país – até o Turquia-Itália, jogo inaugural agendado para dia 11, abre logo o apetite. Bem… Itália, sobretudo, com as pizzas, massas e afins. Só é preciso o VAR escutar o apito final do forno para conquistar o estômago. Aproveitando a forma da bota do país transalpino, nada como dar um toque subtil – que assim deixou de ser, mas que diferença faz – para o que verdadeiramente interessa: Portugal. E lá se vai preparando a seleção portuguesa para enfrentar o grupo da morte, embora nunca nos tenhamos sentido tão vivos, logo depois daquela vitória que mudou para sempre o dia 10 de julho no calendário português.
A pandemia também ajudou a reavivar a memória do momento, caso fosse preciso, já que entre as incontáveis séries e filmes a que fomos assistindo, o episódio Éder-O Que é Que Vai Fazer-Vai Rematar?-Será?!-Não pode ser-Mãos na Cabeça-Rematou Mesmo-Mas De Tão Longe?!-Nunca Vai Entrar-Mas Está no Caminho da Baliza-Mãos na Cabeça-Na Cara-Nos Olhos-Entrou?-Entrou!-Entrou Mesmo!-Que Golaço-Vamos Mesmo Ser Campeões-Mãos na Cabeça liderou certamente o top dos programas mais vistos durante os dois longos períodos de confinamento.
E nesse campo o mais importante é mesmo não haver entradas em falso, para nem sequer existir a possibilidade de prolongamentos.
Que se prolongue, de resto, a alegria e a euforia portuguesas. Para quem aprecia, com uma sardinha a acompanhar.
E, já agora, um sortido húngaro para a sobremesa, que daqui a uns dias não se espera outra coisa que não uma vitória no papo.