Luís Dias, que esteve 28 dias em greve de fome frente ao Palácio de Belém, vai suspender o protesto "contra a indiferença destrutiva do Estado".
A eurodeputada socialista e ex-candidata presidencial Ana Gomes, bem como o ativista e ex-presidente da associação Transparência e Integridade, João Paulo Batalha, visitaram Luís Dias, que falou também com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. As conversas, e a promessa de receção no Palácio de Belém, levaram Luís Dias a suspender a greve, conforme anunciou na rede social Twitter.
O proprietário agrícola, conta o jornal Público, apresentou, em 2015, uma candidatura na Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAPC), com o objetivo de obter ajudas financeiras para uma exploração de amoras na Quinta da Zebreira, em Castelo Branco. A candidatura acabou por ser recusada por, segundo o DRAPC, não existirem garantias bancárias.
Ainda assim, Luís Dias não se deu por vencido, e recorreu ao Tribunal de Contas Europeu, que lhe deu razão, ao afirmar que as garantias bancárias não podiam ser exigidas.
Depois da candidatura falhada, Luís Dias voltou a ver dias cinzentos. Em 2017, a DRAPC voltou a negar ajudas financeiras após o mau tempo ter causado estragos na sua exploração.
Mais uma vez, depois de recorrer da decisão, o Ministério da Agricultura acabou por decidir a favor de Luís Dias, garantindo que a exploração na Quinta da Zebreira poderia ter tido acesso aos apoios financeiros do Estado.