E depois de tanto se chamar pelo verão, lá vem ele, numa entrada que promete ser tímida, mas já sem choros, com a birra a terminar precisamente no último dia reservado à primavera, diz-nos o IPMA.
Que a chuva seja a partir daqui só feita de golos, e que se dane que esta se concentre apenas em dez minutos, se for torrencial. E até pode nem ser sempre assim, desde que, se vier em versão molha-tolos, também seja suficiente para o objetivo final. Que enquanto houver Europeu não há problemas ou, pelo menos, estes ficam em suspenso até ao próximo dia 11 de julho – queremos acreditar que lá estaremos. Com sorte, alguns expiram entretanto e até se resolvem da melhor maneira assim, sem sequer serem remexidos.
Os que insistirem em ir dando o ar da sua graça, que tenham pelo menos atenção ao calendário e às horas de jogo da Seleção portuguesa, se não for pedir muito. Não será certamente um favor tão exigente se comparado com a reclamação da revalidação do título. Nada como colocar em perspetiva para simplificar.
Também a perspetiva do terceiro golo português elevou-o à categoria de ‘poesia’, como definiu o jornalista Henry Bushnell, da Yahoo Sports. Num primeiro momento, a tabela entre Rafa e Cristiano Ronaldo saltou naturalmente à vista, mas um vídeo a mostrar de cima o total de 33 passes antes de ser fixado o 3-0 final (só Raphael Guerreiro e Rui Patrício não tocaram na bola durante o lance) colocou o atual campeão da Europa, mais uma vez, nas bocas do mundo.
Jogou-se apenas a primeira semana do Europeu de futebol, mas já tivemos um campeão – Christian Eriksen –; (muito) provavelmente o melhor golo da prova, apontado pelo checo Patrick Schick, a 45,5 metros da baliza; história, com o primeiro golo de sempre da Finlândia e da Macedónia do Norte num Europeu, e… recordes. A palavra, já se sabe, anda de mãos dadas – neste caso de pés –, com Cristiano Ronaldo. E que assim continue, a todo o gás. Menos nas bebidas, claro…