Medina diz que recuo de Lisboa no desconfinamento é “cenário mais provável”

Autarca justifica que a incidência da variante Delta do SARS-CoV-2 “na AML é muito mais alta do que no resto do país”.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, admitiu, esta quarta-feira, que "o cenário mais provável" para o conselho é o recuo nas medidas de desconfinamento, na sequência da avaliação do Governo ao mapa de risco de transmissibilidade da covid-19.

"O Governo vai avaliar a situação amanhã [quinta-feira], se aplicar o critério que tem seguido e verificando-se aquilo que tem sido a evolução dos indicadores, vai ser esse o cenário mais provável", com Lisboa a fazer marcha-atrás no plano de desconfinamento, afirmou o autarca.

Medina sublinhou, no âmbito de uma visita ao novo centro de vacinação no pavilhão 3 do Estádio Universitário de Lisboa, acompanhada pelo Presidente da República, que o aumento do número de casos de covid-19 "é uma situação na qual outros municípios no país estarão também a evoluir no mesmo caminho", uma vez que "a pandemia está a crescer neste momento, não está contida, nem está a decair".

Para o presidente da câmara, se for aplicado o atual quadro da matriz de risco, a decisão na capital "vai ter algumas implicações relativamente a horários de funcionamento, a mais relevante é a restrição do horário da restauração às 15h30 de sábado e o não funcionamento durante o resto do fim de semana".

O autarca fez ainda questão de sublinhar que a incidência da variante Delta do SARS-CoV-2 "na AML é muito mais alta do que no resto do país".