Primeiro-ministro húngaro cancelou viagem para assistir a jogo entre Hungria e Alemanha

Viktor Órban decidiu ficar pelo seu país em reação à chuva de críticas sobre o pedido, rejeitado pela UEFA, da cidade de Munique para iluminar o estádio Allianz Arena com as cores do arco-íris. 

O primeiro-ministro húngaro cancelou, esta quarta-feira, a sua viagem a Munique para assistir ao jogo entre Hungria e Alemanha, em reação à chuva de críticas a uma lei considerada discriminatória da comunidade LBGT e também a desaprovação da UEFA em iluminar estádio com as cores do arco-íris.

De acordo com a agência noticiosa alemã DPA, Viktor Orbán já tinha a viagem marcada para acompanhar o jogo no estádio Allianz Arena.

Porém, o líder húngaro decidiu manter-se no país após a polémica que envolve um pedido da cidade de Munique de iluminar o estádio com as cores associadas ao movimento LBGT, ao qual a UEFA rejeitou em detrimento de uma lei que foi aprovada a 15 de junho pelo parlamento húngaro, que proíbe a divulgação de conteúdos sobre a homossexualidade a menores de 18 anos, inclusive nas escolas, estabelecendo ainda um paralelo entre a comunidade e a pedofilia.

A UEFA argumentou que o pedido alemão se tratava de um “contexto político” e que o organismo “é politicamente e religiosamente neutra", o que potenciou uma chuva de críticas nas redes sociais.

Nesta quarta-feira, o organismo de futebol pintou o seu logótipo com as cores do arco-íris e o seu presidente reagiu às críticas, ao assinalar que a UEFA não quer ser usada “em atos populistas”.

“Devido à popularidade do futebol, as pessoas tentam abusar das associações desportivas para os seus próprios fins", afirmou Aleksander Ceferin, em declarações à publicação alemã Die Welt, esta quarta-feira. 

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