Apesar dos vários motivos que nos levam a estar mais descontraídos, com o arranque do verão e também de Portugal para os oitavos de final do Europeu logo à cabeça, as notícias que vão aparecendo entre os intervalos não são boas e os números que vão teimando em surgir – e subir -, são impossíveis de contrariar, por mais que o comando da TV nos ofereça hoje a possibilidade de recuar ou avançar, permitindo-nos sempre a luxuosa hipótese de deixar cair em indiferença o que bem nos apetecer. Mas neste caso em concreto, que já se assemelha ao outro, uma vez que muitos nem o nome do bicho querem pronunciar, continua a insistir em manifestar-se, e sempre sob várias variantes, não vá cair em monotonia. Uma coisa é certa: ao contrário do tal Lord Voldemort – cuja segunda metade do segundo nome é também ela a principal causa do medo ao longo desta saga –, o vírus já deixou sublinhado (e a negrito) que não vai desaparecer, como que por magia, num feitiço qualquer. A vacina é o mais próximo que estamos da varinha mágica – que, ainda assim, obriga a seguir à risca todos os cuidados, para, dentro do possível, controlar a loucura deste vaivém quase sempre constante.
Já sem ida e volta na passerelle ficaram os anjos mais famosos do planeta, depois da Victoria’s Secret ter decidido dar-lhes asas dali para fora, num rebranding provavelmente mais alucinante do que qualquer feitiço do Ron Weasley.
[Pausa para a oportunidade de negócio para a famosa marca de bebidas energéticas].
Mas, adiante, que o comboio na plataforma não espera e para ir de cabeça contra à parede bastam-nos os dados do boletim diário da DGS. Se não se for a tempo, vai-se a pé. Sempre com máscara e distanciamento social.
E um cachecol de Portugal.
Ah, e uns feijões da Berttie Bott’s Beans. E que Deus nos acompanhe, da mesma forma que o Prof. Albus Dumbledore protege o Harry Potter.