Joe Berardo e o seu advogado, André Luiz Gomes, foram indiciados, esta quarta-feira, por mais quatro crimes para além dos crimes pelos quais foram detidos ontem.
Ou seja, juntam-se às suspeições de burla, fraude fiscal e branqueamento, os crimes de falsidade informática, falsificação, abuso de confiança e descaminho ou destruição de objetos colocados sob o poder público, segundo informou o Conselho Superior da Magistratura, a pedido do juiz titular do processo, Carlos Alexandre, do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), em Lisboa, ao final da tarde de quarta-feira.
Depois de terem pernoitado no estabelecimento prisional da sede da Polícia Judiciária, em Lisboa, Berardo e André Luiz Gomes apresentaram-se, às 16h00 de hoje, ao juiz Carlos Alexandre.
O interrogatório foi suspenso e deverá continuar na quinta-feira, uma vez que a indiciação do Ministério Público chegou ao TCIC pelas 17h15, mas às 20h15, ainda estava a ser consultado pela defesa dos arguidos.
Segundo fonte ligada ao processo, citada pela agência Lusa, este conta com 11 arguidos – seis são empresas e cinco individuais. Dos cinco arguidos individuais apenas dois, Berardo e o seu advogado, André Luíz Gomes, estão detidos. Segundo o Observador também o filho do empresário, Renato Berardo, é arguido no processo.
De acordo com um comunicado da Procuradoria-Geral da República, em causa estará a forma como Berardo conseguiu obter financiamento de três bancos, além do esquema que terá montado para escapar ao pagamento dos credores, que “causou um prejuízo de quase mil milhões de euros à CGD, ao Novo Banco e ao BCP”.
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