GNR nega “ordem superior” para impedir ou condicionar diligências relacionadas com acidente na A6

Em causa está o acidente que envolveu o carro onde seguia Eduardo Cabrita. 

A Guarda Nacional Republicana (GNR) emitiu, esta quinta-feira, um esclarecimento sobre o acidente que resultou na morte de um trabalhador, na A6, e que envolveu o carro que transportava o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita. O esclarecimento surge na sequência da notícia avançada pelo Correio da Manhã, de que a GNR terá sido impedida de fazer perícias ao carro que atropelou mortalmente o homem, de 43 anos.

A GNR diz que "nunca existiu qualquer 'ordem superior' para impedir ou condicionar quaisquer diligências relacionadas com a investigação do acidente", esclarecendo assim as "notícias veiculadas durante o dia de hoje".

A força de segurança garante ainda que "desenvolveu e encontra-se a desenvolver, nos termos da lei, todas as diligências inerentes a um processo de investigação de um acidente de viação com vítimas mortais" e que devido ao facto de a "investigação do acidente se encontrar em curso, não é possível prestar esclarecimentos adicionais".

Recorde-se que o Correio da Manhã, que citou fontes próximas da investigação, noticiou que a GNR terá sido impedida de fazer perícias ao carro onde seguia Eduardo Cabrita. A decisão de não permitir a perícia, segundo o mesmo jornal, foi tomada ao nível superior e comunicada aos titulares da investigação, que nem saberão para onde foi levada a viatura.

Esta é apenas uma das muitas controvérsias a envolver este caso, que o ministro da Administração Interna continua sem querer comentar.

Depois do acidente mortal, o Ministério da Administração Interna emitiu um comunicado no qual sublinhou que não houve qualquer despiste e que “não havia qualquer sinalização que alertasse os condutores para a existência de trabalhos de limpeza em curso”. Segundo a tutela, “o trabalhador atravessou a faixa de rodagem, próxima do separador central, apesar de os trabalhos de limpeza em curso estarem a decorrer na berma da autoestrada”.

Contudo, fonte da Brisa, responsável pela manutenção da estrada e que subcontratou a empresa Arquijardim, onde trabalhava a vítima, contrariou, esta semana, esta versão e garantiu à SIC que os trabalhos na A6 estavam devidamente sinalizados. De acordo com a Brisa, no dia do acidente decorriam limpezas na valeta fora da plataforma da autoestrada e esses trabalhos estavam devidamente sinalizados, cumprindo todas as regras de segurança.

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