No Reino Unido, os imigrantes ilegais, além de expulsão do país, ainda enfrentam o risco de uma pena de seis meses. Agora, o Governo britânico quer aumentar as penas para até quatro anos de prisão, endurecendo ainda a pena por tráfico humano, de um máximo de 14 anos para prisão perpétua, numa lei que deverá ser apresentada esta terça-feira. Para os conservadores, impor medidas duras contra a imigração é cumprir uma promessa eleitoral, para a Amnistia Internacional trata-se de um abuso de direitos humanos contra gente desesperada.
O objetivo da nova lei, assegurou a ministra do Interior britânica, Priti Patel, será "reparar o quebrado sistema de asilo do Reino Unido", prometendo que a nova abordagem à imigração será "firme mas justa". Entre as provisões da nova lei, incluem-se medidas para interceptar os frágeis barcos de borracha que por vezes tentam cruzar o Canal da Mancha, capturar os homens e mulheres que lá estão, levá-los para terra e depois acusá-los judicialmente – não é claro o que acontecerá às crianças que vão a bordo, muitas vezes filhos desses imigrantes que arriscam prisão.
"Enquanto o ministério do Interior continua sem criar nenhuma rota segura e legal no Reino Unido para aqueles que pedem asilo, algumas pessoas continuaram a ser obrigadas a arriscar as suas vidas para o fazer", notou Steve Valdez-Symonds, responsável da Amnistia Internacional para os refugiados no Reino Unido, citado pela iTV.