Depois de a variante delta se tornar dominante em vários países europeus, as atenções a nível internacional viraram-se nos últimos dias também para a variante lambda, detetada originalmente no Peru e confirmada até ao momento em 27 países. O Centro Europeu de Controlo e Prevenção de Doenças considera que é uma variante a monitorizar, o que tem estado a ser feito nos países com vigilância gnómica do Sars-Cov-2. Em Portugal, foram até ao momento detetados dois casos, um em abril e outro no início de junho, revelam dados do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge consultados pelo i.
Os receios aumentaram depois de um estudo em pré-publicação divulgado na semana passada por investigadores da Universidade do Chile sugerir que esta variante poderá ser mais infecciosa do que a variante alpha (inglesa) e a gamma (brasileira), colocando-se mais uma vez a hipótese de ter maior capacidade para escapar aos anticorpos neutralizantes conseguidos com as vacinas. Algo que ainda está em estudo. Já as autoridades de saúde da Malásia alertaram esta segunda-feira que parece mais infecciosa do que a variante delta, alertando que o Peru, onde já é dominante, tem sido dos países onde a covid-19 representa uma maior taxa de mortalidade. No Reino Unido, onde estão confirmados oito casos, o Public Health England colocou-a sob investigação, devido ao conjunto “atípico” de mutações que apresenta e a estar-se a verificar mais casos a nível internacional. No Peru, os primeiros casos remontam a dezembro de 2020. Dada a expansão na América Latina, foi classificada em junho pela OMS como a sétima variante de interesse do coronavírus, deixando de ser designada por C.37 e assumindo mais uma letra do alfabeto grego, mais uma incógnita na corrida contra a pandemia.