Amy Winehouse estaria sóbria e longe dos holofotes se, em julho de 2011, não tivesse morrido por intoxicação alcoólica. Quem o diz é o seu melhor amigo de infância, Tyler James, no livro ‘Minha Amy’, que irá para as bancas em agosto para comemorar os 10 anos da morte da cantora.
“As pessoas perpetuam esse mito de que ela era autodestrutiva, essa coisa do rock de entrar para o ‘Clube dos 27’ [conjunto de cantores que morreram aos 27 anos]. Não há nada bom em morrer com 27 anos. Nos últimos anos, a Amy não tocou em drogas pesadas. Substituiu aquilo por álcool, mas queria ficar sóbria, e estava a lidar com o vício”, contou.
A cantora britânica terá começado a consumir crack e heroína em 2006, durante o relacionamento conturbado com Blake Fielder-Civil, com quem esteve casada entre 2007 e 2009.
“Se ela tivesse morrido cinco anos antes, quando estava a usar muito crack e heroína, as coisas teriam feito sentido. Era quando a autodestruição dela era muito intensa. Essa altura foi absolutamente maluca”, acrescentou James Tyler, amigo de Winehouse desde os 12 anos.
James revelou ainda que a responsável pelo hit ‘Rehab’ não gostava da fama e de não poder andar livremente na rua, sem a presença de paparazzi.
“Quando estavam num jato privado, tudo o que a Amy queria era estar num supermercado a comprar o que ela ia cozinhar para o jantar. Ela só queria normalidade”, contou.
"Ela era uma mulher tradicional. Realmente queria ser o tipo de mulher que cuida do seu homem, e vice-versa. Ela gostava de bad boys, e Blake acabou por ser isso para ela. A Amy sabia que os vícios dele eram perigosos. Mas quando te apaixonaa, tudo isso vai por água abaixo –tu és capaz de fazer qualquer coisa.", revelou.
Se estivesse viva, Amy Winehouse teria deixado os vícios e até o mundo da música. “Sei que ela estaria sóbria, mas acho que ela não seria mais a ‘Amy Winehouse’. Ela não iria querer mais isso (…). Acho que ela iria continuar a compor, mas para ela mesma”, considerou.
Amy Winehouse tornou-se mundialmente conhecida em 2006, após o lançamento do álbum ‘Back to Black’. Morreu a 23 de julho de 2011 por consumo em excesso de bebidas alcoólicas.