A Direção Geral da Saúde reviu esta semana a norma relativa à campanha de vacinação e para já não altera as regras relativas ao auto isolamento de pessoas que já tenham o esquema vacinal completo quando têm um contacto de risco com alguém infetado. Na norma atualizada a 12 de julho, continua a ser referido o princípio de precaução para manter as regras iguais para todos, que de resto se aplicaram já esta semana à diretora-geral da Saúde, em isolamento profilático depois de ter tido um contacto de risco embora já tenha tido covid-19 e já tenha sido entretanto vacinada. O i tentou perceber se a revisão só será feita em setembro – quando Graça Freitas admitiu um alívio de medidas, ou mais cedo, mas não teve resposta. No Reino Unido, onde mais de 86% da população já tem as duas doses da vacina, o auto isolamento deixará de ser obrigatório a partir de 16 de agosto para quem já tenha a vacina completa há mais de 10 dias e menores de 18 anos.
Na norma revista pela DGS, a novidade é a possibilidade de antecipar a segunda dose da vacina no caso de viagens de comprovada urgência ou inadiáveis ao estrangeiro, onde a DGS inclui a “necessidade de cuidados de saúde transfronteiriços, representação diplomática ou de estado, missões humanitárias, e obrigações laborais ou académicas devidamente fundamentadas”. Há no entanto intervalos mínimos a manter: no caso da vacina da Pfizer, 19 dias; no caso da vacina Moderna 25 dias e, na da AstraZeneca, 21 dias. O intervalo recomendado de tomas da vacina AstraZeneca já tinha sido reduzido de 12 para oito semanas e a task-force de vacinação apelou ontem a todas as pessoas que estavam à espera e já estão neste intervalo para que se apresentem para ser vacinados.