Textor não está “surpreendido” com ‘nega’ do Benfica mas confessa-se “desapontado”

Norte-americano acredita que a rejeição da sua proposta sobre o Benfica se deve a um problema de timing, face aos últimos acontecimentos no clube, com Luís Filipe Vieira a ser acusado no processo judicial Operação Cartão Vermelho. Textor deixa a porta aberta para uma futura proposta e acredita que nessa altura será recebido pela direção…

O empresário norte-americano, que queria adquirir uma participação de 25% no Benfica, a José António dos Santos, já reagiu à decisão da direção do clube, que fez saber que se irá opor à sua compra de ações e não se mostrou interessada em reunir consigo.

“Claro que estou desanimado por saber, oficialmente, que a direção do Sport Lisboa e Benfica não aprovaria a minha compra de ações ao Sr. Santos”, começa por dizer John Textor, num comunicado que divulgará brevemente, ao qual o nosso jornal já teve acesso.

Apesar de assumir o descontentamento com a posição do clube, o empresário revela que não ficou “surpreendido”. “A possibilidade de me juntar à família do SL Benfica, que tinha já aberto a porta à entrada de investimento, seria uma oportunidade única”, sublinha.

Confessa-se surpreendido, sim, com o facto de a sua oferta para financiar as necessidades de capital do clube – que salienta ser “mais favorável ​​do que a emissão de títulos proposta”, parecer ter recebido “muito pouca consideração”.

“O meu acordo de compra foi devidamente criado, negociado, documentado e divulgado em tempo útil. Sou independente da liderança, quer passada quer presente, e penso que a minha oferta não deveria ser vista à luz dos eventos recentes, que me são completamente alheios”, acrescenta.

Para John Textor, a liderança é uma “empreitada solitária e é preciso coragem para liderar em tempos difíceis”. “Acho que a decisão de avaliar a minha proposta pelo seu mérito, por si só, teria sido a escolha óbvia da liderança”, sublinha.

Por outro lado, John Textor assume ter sentido algum “consolo” na linguagem da direção. “Talvez eu seja um otimista, mas interpreto a decisão deles face à minha proposta como sendo uma questão de timing”. E vai mais longe ao dizer que acredita que será recebido em “dado momento, no futuro”, por “este conselho e esta equipa de gestão”, para “uma troca de ideias aberta, amigável e saudável”.

Por último, o norte-americano diz respeitar a decisão do clube de rejeitar a sua proposta, e destaca que é “com o coração pesado e esperançoso” que deseja à comunidade benfiquista “as maiores alegrias e sucessos para a próxima época e para o futuro”. O seu plano agora é apostar nos investimentos no Reino Unido, que espera um dia “serem vistos como valiosos para a direção do Benfica”.