O endividamento da economia voltou a atingir um valor recorde no mês de maio. Assim, a dívida das famílias, empresas e Estado cresceu quatro mil milhões de euros face ao mês anterior, para os 757,6 mil milhões de euros.
Os dados foram avançados pelo Banco de Portugal que justifica a subida com os “aumentos de 2,5 mil milhões de euros do endividamento do setor público e de 1,5 mil milhões de euros do endividamento do setor privado”.
Do valor final, 346,4 mil milhões de euros diziam respeito ao setor público e 411,1 mil milhões de euros ao setor privado.
Segundo o banco liderado por Mário Centeno, a subida do endividamento do setor público resultou, sobretudo, dos acréscimos registados no endividamento junto do setor financeiro, que somaram 1,5 mil milhões de euros e no endividamento perante o exterior, com um total de 800 milhões de euros.
No setor privado, o endividamento das empresas privadas cresceu um milhão de euros, “evolução explicada principalmente pelo financiamento obtido junto do exterior”, que se fixou nos 700 milhões de euros. Já o endividamento dos particulares aumentou 400 milhões de euros, “refletindo o financiamento obtido junto do setor financeiro”.
Ainda no mês em análise, a taxa de variação anual (tva) do endividamento total das empresas privadas foi de 1,8%, menos 1,0 pontos percentuais (pp) do que o verificado no mês anterior. Já a tva do endividamento total dos particulares subiu 0,4 pp, para 2,3%.