Com dois momentos históricos no espaço de nove dias, a corrida ao Espaço tornou-se tema principal da última quinzena. E, pelo meio, o Dia da Liberdade, no Reino Unido, também proporcionou imagens bem capazes de nos transportarem para outro planeta, com milhares de britânicos na corrida para os bares, discotecas e concertos.
Depois do inesquecível 11 de julho, nada como compensar com vários goles a falta de golos. Sem esquecer a regra de ouro em comum nos dois campos: também na pista a mão direita é sinónimo de penálti.
Por cá seguimos no banco de suplentes, leia-se no sofá, à espera do apito inicial que, embora ainda na posição de descanso sobre o peito, já tem data no calendário para ser escutado.
E a confirmar-se o final do verão para o reinício da época noturna, antevê-se logo à partida o outono mais quente dos últimos anos.
Num momento em que continuamos todos ansiosamente à espera de sentir que nos foi integralmente devolvida a liberdade roubada pela pandemia da covid-19, não deixa de ser irónico o entusiasmo daqueles que dariam o mundo para sair momentaneamente da Terra, vestidos com fatos-macaco num qualquer foguetão.
Não há, porém, espaço para tristezas para aqueles que não integram o nicho capaz de comprar o chorudo ingresso para voos maiores. Com a luz verde para as festas e juntando-lhe o próximo Carnaval, basta fazer o cálculo de minis necessárias para alcançar o estatuto de navegante da lua.
Com as festas ainda a meio-gás, é tempo de ficar a ver até fora de horas os Jogos de Tóquio.
Acreditando que até ao próximo dia 8 de agosto os perto de cem desportistas portugueses que rumaram ao Japão vão presentear-nos com novos feitos históricos.
E nós, deste lado, prontinhos para muitos e bons brindes.
Tchim-tchim!