Robert Aaron Long, o jovem acusado de matar oito pessoas em salões de massagens em Atlanta, nos Estados Unidos, confessou a autoria dos crimes e foi, esta terça-feira, condenado a quatro penas de prisão perpétua.
Long, de 22 anos, enfrenta ainda pena de morte relativamente às outras quatro mortes, que estão a ser julgadas num condado diferente.
Recorde-se que o caso gerou indignação entre os norte-americanos, em especial na comunidade asitática.
A 16 de março, o jovem atacou três salões de massagens diferentes e matou oito pessoas, na maioria mulheres de ascendência asiática.
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Os primeiros disparos foram efetuados no condado de Cherokee, onde morreram quatro pessoas, três delas mulheres e duas de ascendência asiática. Uma outra pessoa ficou ferida após ser baleada na cara. Neste condado, as autoridades concluíram que o crime não teve motivações racistas, mas sim que Long, caucasiano, tinha “um vício em sexo” e pretendia eliminar as fontes de tentação em locais onde praticava atos sexuais.
“Isto não é um crime de ódio”, sublinhou a procuradora Shannon Wallace.
Depois, Long dirigiu-se para Atlanta, onde matou três mulheres no Gold Spa e outra mulher no Aromatherapy Spa. O jovem pode enfrentar pena de morte se for condenado por estas mortes e está ainda acusado de terrorismo doméstico, uma vez que nesta cidade os procuradores querem que as mortes sejam tratadas com um crime de ódio.
Segundo a procuradora Shannon Wallace, Long disse às autoridades que tinha planeado suicidar-se naquele dia e que foi aos salões de massagens porque pensou que se iria sentir pressionado a pôr termo à sua vida se pagasse para ter relações sexuais, algo que considera “detestável”.
O jovem assinou um acordo de confissão das quatro mortes ocorridas no condado de Cherokee.
“Estava com medo de me matar e queria tentar superar isso para que o conseguisse fazer”, afirmou Long à juíza do Tribunal Superior do condado de Cherokee.
No entanto, quando estava no carro estacionado na zona exterior do primeiro spa, decidiu matar as pessoas que ali trabalham com a intenção de as “castigar”.