A cada dia que passa, os Jogos Olímpicos de Tóquio continuam nas diferentes modalidades, e vários atletas vão ficando para trás. Portugal ainda não assegurou nenhuma medalha, e já viu fortes candidatos serem afastados. Foi o caso, por exemplo, de Marcos Freitas, o jogador de ténis de mesa da ilha da Madeira, que foi derrotado pelo chinês Fan Zhendong (1-4), atual líder da hierarquia mundial, nos oitavos de final da competição. Freitas (24.º colocado no ranking) perdeu os primeiros três sets, ainda conseguiu vencer o quarto, mas não teve tanta sorte de seguida, e acabou eliminado do torneio, onde, na secção feminina, também as portuguesas Fu Yu e Shao Jieni foram derrotadas.
A derrota de Freitas vem pouco depois de outros fortes candidatos a medalhas terem sido eliminados do torneio. Foi o caso de Yolanda Sequeira, a surfista que chegou aos quartos de final e era a última esperança portuguesa na modalidade estreante, mas que acabou derrotada por Bianca Buitendag (que conquistou a medalha de prata), alcançando, ainda assim, o quinto lugar e, consequentemente, o diploma olímpico. Telma Monteiro, a judoca que perdeu na segunda ronda do torneio, na categoria -57kg, foi também uma das promessas eliminadas, naquela que foi a sua quinta participação em Jogos Olímpicos. Ainda no judo, também Anri Egutidze, na categoria -81kg, acabou eliminado logo no primeiro combate por waza-ari, frente ao austríaco Shamil Borchashvili.
A CHAMA CONTINUA VIVA
Apesar das derrotas de várias promessas de medalhas portuguesas, ainda muito está em jogo para a Missão lusitana. Mantendo o tema no judo, todos os olhos estarão em Jorge Fonseca, bicampeão mundial, que dá início à sua presença olímpica amanhã.
Já Rochele Nunes, a atleta luso-brasileira que alcançou o bronze nos Europeus de Judo em Lisboa, este ano, vai enfrentar a porto-riquenha Melissa Mojica na madrugada de sexta-feira (3h00).
Na natação, Ana Catarina Monteiro, natural de Vila do Conde, fez história ao apurar-se para as meias finais de 200 metros mariposa, após ter sido 5.ª na série de qualificação, com 2:11.45 minutos.
ATLETISMO É A GRANDE APOSTA
Portugal tem ainda um truque na manga, e chama-se ‘Atletismo’. Pedro Pablo Pichardo, Auriol Dongmo, Nelson Évora, Francisco Belo e Patrícia Mamona são os nomes que mais prometem na modalidade, e têm com que justificar o seu favoritismo. Pichardo conquistou o ouro em triplo salto, nos Europeus de Atletismo de Pista Coberta deste ano, e pode-se gabar de ter o quinto melhor salto de sempre (18.08 metros). Auriol Dongmo e a sua fé inabalável estão também no holofote, após o ouro alcançado na mesma competição, onde conseguiu a marca de 19,34 metros no lançamento do peso.