O contexto pandémico continuou a afetar “severamente” as viagens turísticas de residentes no arranque deste ano e os mais recentes dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) não deixam margem para dúvidas: no primeiro trimestre foram realizadas 1,6 milhões de viagens, o que correspondeu a uma quebra de 57,6%.
“Esta redução foi muito significativa no que respeita às viagens em território nacional que, embora concentrando 97,0% das deslocações, decresceram 53,3% mas foi ainda mais intensa nas viagens com destino ao estrangeiro, que diminuíram 89,5%”, explica o gabinete de estatística nos dados divulgados esta terça-feira.
No período em análise, a “visita a familiares ou amigos” foi a principal motivação (750,7 mil viagens, -48,8%), tendo a sua representatividade aumentado (47,3% do total, face a 39,3% no trimestre homólogo).
Já o motivo “lazer, recreio ou férias” correspondeu apenas a 415,8 mil viagens (26,2% do total, -14,6p.p.), tendo decrescido 72,7%.
Os “hotéis e similares” concentraram 5,5% das dormidas resultantes das viagens turísticas nos primeiros três meses deste ano, perdendo peso no total (-15,7 p.p.). O “alojamento particular gratuito” manteve-se como a principal opção (88,7% das dormidas, +14,8 p.p.).