O advogado Daniel Proença de Carvalho estará a ser investigado por fraude fiscal e branqueamento de capitais. Segundo o jornal Correio da Manhã, que avançou a informação, em causa estará um valor suspeito de 11,3 milhões de euros – prende-se com um seguro de vida de capital variável, também conhecido por unit linked – que terá estado na origem do alerta dado pelas autoridades do Luxemburgo.
O dinheiro aplicado teria origem numa conta bancária suíça e, ao que foi possível apurar, não terão sido declaradas ao Fisco em Portugal nos anos próximos da constituição daquela aplicação quantias compatíveis com os montantes aplicados na Suíça há cinco anos. Por isso, terá sido pedida a quebra do sigilo bancário e fiscal.
De acordo com o jornal e o canal de Paço de Arcos, terá sido esse circuito financeiro e a proveniência dos valores que originaram troca de comunicações entre as unidades de informação financeira dos países envolvidos: Luxemburgo, Suíça e Portugal.
À SIC, Proença de Carvalho avançou, por escrito, que não tem conhecimento de qualquer investigação. Contudo, lendo a notícia veiculada, pensa que se trata de uma apólice de seguro que criou em 2016 em que por sua morte serão beneficiários os filhos.
“Não tenho conhecimento de qualquer investigação nem fui constituído arguido e estou certo de que não cometi qualquer ilícito”, explicou o advogado em resposta ao Correio da Manhã.
Recorde-se que Proença de Carvalho representa ilustres personalidades da sociedade portuguesa há várias décadas, tendo participado em processos tão mediáticos como o da Herança Sommer. Também defendeu os irmãos José e Agostinho da Silva, fundadores da Torralta e, nos anos 90, Leonor Beleza, no caso dos produtos para os hemofílicos contaminados. Mais recentemente, foi advogado de Ricardo Salgado.