O desemprego registado no Serviço Público de Emprego do Estado (SEPE) diminuiu em 197.841 pessoas em julho face a junho, menos 5,47%, a maior queda de sempre, com um número total de 3.416.498 pessoas em situação de desemprego, de acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo ministério do Trabalho e da Segurança Social espanhol.
Também as inscrições na Segurança Social atingiram uma média de 19.591.728 pessoas empregadas em julho, um novo máximo histórico, que excede o de julho de 2019 (19.533.211), após um aumento de 91.451 contribuintes.
O número de trabalhadores em situação de despedimento temporário cifrou-se em julho em 331.486, o nível mais baixo desde o início da pandemia de covid-19, tendo diminuído em 56.719 pessoas aquando da data de registo e em 116.334 aquando da data de notificação.
Por setor, o emprego cresceu de forma mais notória em atividades artísticas, recreativas e de entretenimento (6,08%), hotéis e restaurantes (5,69%), pessoal doméstico (5,25%) e abastecimento de água (4,02%). Contudo, caiu 10,96% na educação devido ao fim do ano académico.
O regime geral sofreu um aumento de 87.124 novos inscritos para um total de 16,2 milhões, apesar dos declínios nos sistemas especiais agrícola (menos 52.280 inscritos) e familiar (menos 1.998 inscritos). Já o número de trabalhadores independentes aumentou em 1.978 para 3,32 milhões.
O número de contratos registados em julho foi de 1.838.250, dos quais 165.500, ou 9%, foram permanentes.
Por região, no mês de julho, o emprego cresceu especialmente nas Ilhas Baleares (4,4%), Cantábria (2,74%) e Castela e Leão (1,43%). No entanto, caiu em outras seis regiões e nas duas cidades autónomas, Ceuta e Melilla, que registaram declínios superiores a 2%. Já a contração do desemprego registou-se em todas as Comunidades Autónomas e foi particularmente significativa na Andaluzia (menos 69.159 desempregados), Catalunha (37.548) e Ilhas Canárias (20.374).
Segundo o ministério do Trabalho e da Segurança Social espanhol, a redução do desemprego foi generalizada a todos os setores económicos, ainda que liderada pelo dos serviços (menos 133.658 pessoas ou 5,29 %), e seguida por pessoas sem emprego anterior (31.991 ou 9,46%), indústria (13.158 ou 4,6%), construção (10.154 ou 3,62%) e agricultura (8.880 ou 4,82%).
Em termos demográficos, o desemprego caiu mais entre as mulheres (menos 104.891 mulheres desempregadas) do que entre os homens (92.950), embora o número total de mulheres desempregadas continue a exceder largamente o número de homens desempregados –2.017.719 e 1.398.779, respetivamente.