A consultora aponta que em 2022 devem faltar mais de 790 pilotos em companhias aéreas europeias, sendo que em 2023 vão estar em falta perto de 2.300 destes profissionais. E estima que o problema se adense de ano para ano, chegando a 2029 com a necessidade de 3.900 pilotos apenas na aviação europeia.
Atualmente, no panorama global, 83% de companhias aéreas regionais e 22% das low-cost têm dificuldade em recrutar pilotos. Apesar disso, a Europa é a terceira região do mundo menos afetada pela falta de pilotos de aviação civil. Sendo a situação residual em África e na América do Sul, no final da década haverá uma carência de 22.670 pilotos na região da Ásia/Pacífico, 20.600 na América do Norte, e 12.400 no Médio Oriente. No total, estima-se que faltem cerca de 60 mil pilotos da aviação civil em todo o mundo.
A pandemia afetou a aviação mas a recuperação é rápida e a falta de pilotos está à espreita
De acordo com o estudo, a covid-19 afetou fortemente a necessidade de pilotos, com o corte abrupto de viagens de turismo e de trabalho. Em 2020, já em plena pandemia, na Europa houve 23.376 pilotos parados.
Mas a consultora mostra-se confiante que a recuperação de passageiros comece no início de 2022. No entanto, a procura de pilotos é determinada mais pelo número de partidas de aviões, não tanto pelo número de passageiros. No global, as frotas de aviões já recuperaram 76% dos níveis pré-covid-19. Na China, onde o coronavírus foi controlado mais rapidamente, já circulam 99% dos aviões, detalha o documento.
Além disso, a crise da covid-19 fez com que muitas companhias aéreas interrompessem os programas de treino para novos pilotos, em muitos casos devido aos bancos terem cortado o financiamento para essas ações. E, embora se espere que muitos dos pilotos dispensados durante a pandemia voltem aos seus cargos, entre 25.000 e 35.000 atuais e futuros profissionais poderão optar por alternativas de carreira na próxima década.