Benfica à espera de derrotar Vitória para seguir em frente

Sem Rodrigo Pinho, que se lesionou no último treino antes do jogo, os ‘encarnados’ estão em Moscovo para lutar por um lugar na Liga dos Campeões.

Está prestes a começar uma nova página no livro da história europeia do Benfica. Longe vão os títulos, e os últimos anos não têm sido positivos para a presença europeia do clube da Luz, mas as expectativas para 2021 parecem estar em alta. O Benfica, no entanto, não vai poder contar com Rodrigo Pinho, que, segundo o i tinha apurado, se lesionou no último treino antes do jogo com os russos. A lesão do jogador, no mesmo joelho a que tinha sido operado, obrigou à interrupção do treino, e, segundo avançou fonte do clube ao i, a equipa médica teme que a recuperação seja prolongada. Inicialmente, chegou a pensar-se que seria uma lesão muito grave, mas, à hora de fecho desta edição, o prognóstico era mais positivo.

A partir das 18h00 de hoje os ‘encarnados’ regressam, ainda assim, à carga, na primeira mão da terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, onde vão enfrentar o Spartak de Moscovo, equipa treinada pelo antigo técnico ‘encarnado’ Rui Vitória, na Rússia. O futuro é desafiante para o Benfica que, caso vença os russos, enfrentará os holandeses do PSV, ou os dinamarqueses do Midtjylland.

Para já, a preocupação está na viagem à capital russa, onde Jorge Jesus enfrentará a equipa de Rui Vitória. Um confronto, no entanto, que desvaloriza, relembrando que “quem se vai defrontar aqui são duas equipas e não dois treinadores”.

Acompanhado por João Mário, uma das mais recentes aquisições do clube da Luz, Jesus fez a previsão do jogo, prometendo “muita ambição, confiança e uma vontade muito forte de poder passar esta primeira eliminatória”.

Após os jogos da pré-época, defendeu, vem o primeiro jogo “sério” para o Benfica, que, na preparação para a temporada, empatou a uma bola com o Marselha, venceu o Lille (campeão nacional francês) por 1-0, e a UD Almería, por 2-1.

Jorge Jesus falou ainda de uma das principais novidades desta época europeia: o fim da regra dos golos que valem “a dobrar” quando marcados fora. O técnico encarnado desvalorizou, garantindo que “esse princípio vai ser sempre igual, porque a ambição é vencer, e para vencer é sempre preciso fazer golo”.

A começar a conferência de imprensa prévia ao jogo, o próprio João Mário – que conhece bem os cantos a Moscovo, depois da sua passagem pelo Lokomotiv – comentou a sua estreia de águia ao peito, defendendo ter uma “expectativa enorme” para o jogo. “Para mim é um prazer voltar à Rússia, onde fui muito feliz, mas o importante é começar com o pé direito no meu primeiro jogo oficial com o Benfica”, concluiu o jogador, que defendeu ainda pretender ser uma “referência” no clube da Luz, expressando orgulho “pela aposta do clube”.

A receção do Benfica em Moscovo esgotou a lotação da Arena Otkrytie, que, devido às restrições impostas pelo combate à covid-19, vai ter apenas três mil dos 45360 lugares preenchidos. Já a segunda mão será jogada em Portugal, a 10 de agosto, e poderá contar com o recém-contratado Roman Yaremchuk, o internacional ucraniano que assinou pelo Benfica por 17 milhões de euros.

Já vai longe a última vez que Spartak e Benfica se enfrentaram (na altura, os dois golos da vitória foram marcados por Óscar Cardozo), mas foram os ‘encarnados’ a vencer aquela partida (2-0), em novembro de 2012, a contar para o grupo G da Liga dos Campeões.