Oito pessoas foram detidas suspeitas de fazerem parte de uma “estrutura criminosa significativamente organizada” que se dedicava a traficar droga de e para o interior do Estabelecimento Prisional (EP) de Leiria. Segundo a Polícia Judiciária (PJ), em comunicado divulgado na terça-feira, entre os detidos está uma funcionária externa que “dissimulava a droga no interior do corpo e assim lograva contornar os sistemas de segurança da cadeia”.
As detenções ocorreram na sequência de uma investigação realizada nos últimos meses, na qual foi possível identificar um conjunto de indivíduos integrantes da estrutura criminosa, “composta por reclusos, seus familiares, terceiros e uma funcionária de uma empresa que prestava serviços de fornecimento de alimentação ao EP”.
“Em ações policiais desencadeadas a 17 de junho, 20 e 28 de julho, nas cidades de Leiria e Torres Vedras, procedeu-se à detenção em flagrante e fora de flagrante delito de um total de oito indivíduos – cinco homens e três mulheres –, que, a partir do exterior, atuam sob determinação e organização dos reclusos e por forma a introduzirem haxixe no EP, bem como telemóveis.”, explica a autoridade.
No decorrer das ações policiais “foi possível intercetar dois destes abastecimentos”, nos quais foram apreendidos “relevantes elementos probatórios”, entre os quais um total superior a um quilo de haxixe, treze aparelhos de telemóvel, cerca de 2.500 euros em notas e uma viatura automóvel.
Para introduzir a droga e os telemóveis no estabelecimento prisional, a estrutura criminosa recorria, essencialmente, à “funcionária externa da cadeia, que dissimulava a droga no interior do corpo e assim lograva contornar os sistemas de segurança da cadeia”.
Os detidos foram presentes a juízo de instrução criminal, ficando sujeitos a diversas medidas de coação, nomeadamente, apresentações bissemanais, proibição de contactos e proibição do exercício de funções no interior do EP.