Foi detetado um surto de covid-19 no navio NRP Douro, e 14 dos 27 militares encontram-se infetados. O primeiro sintoma foi reportado por um militar, que sentiu falta de paladar, na passada quinta-feira.
A comandante do navio-patrulha que está em missão na Madeira, a 1.ª tenente Diana Azevedo, de 30 anos, é uma das infetadas, tendo apresentado sintomas ligeiros.
Todos os militares infetados foram transferidos para uma unidade hoteleira do Funchal, tendo os restantes ficado no navio em isolamento profilático.
O facto de terem testado positivo e de o contágio ter sido tão rápido está a suscitar dúvidas às autoridades de saúde, uma vez que a guarnição estaria toda vacinada.
O navio, que estava a cumprir uma missão de três meses e meio no Funchal e estava preparado para realizar missões de busca e salvamento e para realizar a fiscalização de atividades costeiras, fica agora impedido de realizar essas tarefas.
Para o substituir, indicou ao Diário de Notícias o comandante do Porto do Funchal Guerreiro Cardoso, foi enviado o navio-patrulha oceânico NRP Sines, com uma dimensão superior e 42 militares.
Também num lar em Almodôvar foi registado um outro surto do novo coronavírus.
De acordo com o presidente do município, António Bota, estão infetados 37 dos 52 utentes do Lar Nossa Senhora da Graça de Padrões e ainda sete funcionários. Foi já registada a morte de um idoso.
António Bota refere que o que “vale” é a situação “estar mais controlada porque todos eles [utentes e funcionários] estão vacinados, o que faz com que o sofrimento seja menor, os efeitos sejam menores, as consequências deste vírus seja inferior, seja mais minimizada em relação àquilo que costumávamos ter”.
O presidente da Câmara lembra que esta é uma situação de grande “preocupação”, uma vez que “coloca em risco” pessoas que já apresentam comorbilidades. O mesmo informa ainda que os idosos que se encontram infetados estão “isolados dos restantes”.
“Depois temos também dificuldade em encontrar pessoal para trabalhar, para substituir estas colaboradoras que têm de trabalhar em espelho e que, de facto, começam a ver as equipas reduzidíssimas e a atenção que damos aos nossos seniores tem que se manter em níveis de qualidade, que permitam garantir o trabalho”, acrescenta António Bota.
O presidente da autarquia informou que estão a “tentar colocar no lar pessoas que possam ajudar, contratados com conhecimento de causa, de maneira que eles possam dar aos utentes o mínimo o mínimo de apoio possível”.
Este domingo foram confirmados 1982 novos casos de infeção por covid-19, 10 mortes e 11 novos internamentos.