Andrew Cuomo apresentou, esta terça-feira, a demissão do cargo de governador de Nova Iorque. A decisão surge após um inquérito independente ter concluído que assediou sexualmente onze mulheres.
O governador demissionário pediu desculpa às mulheres que o acusaram de assédio sexual e defendeu que não sabia que estava a ultrapassar "os limites".
“Na minha cabeça, nunca passei das marcas com ninguém, mas não me apercebi do quanto essas marcas foram redesenhadas. Há mudanças culturais e geracionais às quais não dei o devido valor e devia ter dado. Não tenho desculpa", começou por dizer em conferência de imprensa.
“Penso que dadas as circunstâncias, a melhor maneira que posso fazer para ajudar é demitir-me”, acrescentou, frisando que é a “coisa certa a fazer”.
Andrew Cuomo, que estava no terceiro mandato e ocupava o cargo de governador de Nova Iorque desde 2011, revelou que a “renúncia terá efeito dentro de 14 dias”.
Na semana passada, foram divulgados pela procuradoria de Nova Iorque os resultados de um inquérito independente que acusam o político de ter assediado onze mulheres, a maioria funcionárias e ex-funcionárias, entre 2013 e 2020.
Apesar de sempre negar as acusações, foram vários os responsáveis políticos – desde o Presidente norte-americano, Joe Biden, à porta-voz do Congresso, Nancy Pelosi – que apelaram à demissão de Cuomo.
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