Francisco Rodrigues dos Santos diz que vandalismo no ‘Padrão’ “é verdadeiro terrorismo cultural”

O presidente do CDS-PP afirma que vandalizar o grafiti no Padrão dos Descobrimentos é um “ato cobarde e desrespeitador”, levado a cabo por “vândalos” que julgam “o passado à luz de um ‘historicamente correto’ que é, no mínimo, absurdo”.

O que pensa sobre o vandalismo do Padrão dos Descobrimentos?

É um ato cobarde e desrespeitador da história portuguesa. Um verdadeiro terrorismo cultural motivado pela ignorância radical de quem quer julgar o passado com os quadros mentais do presente. A nossa história deve ser respeitada à luz das circunstâncias de cada época, e a nossa obrigação é honrar a pátria e o legado que recebemos das gerações anteriores, pelo que se impõe que estes atos de vandalismo sejam punidos severamente.

Considera o vandalismo de monumentos uma maneira legítima de se fazerem passar ideias?

Claro que não! É evidente que estes vândalos não são movidos por qualquer intuito de debate ou discussão ideológica, mas apenas por uma cobarde cultura do ódio e de ignorância, e mesmo talvez por agendas ocultas que pretendem atentar contra a nossa história e repudiar os nossos valores.

Enquanto as outras estátuas vandalizadas apresentavam um discurso anticolonialista, este apresenta um discurso anticapitalista. Todavia, foi feito no maior monumento identitário dos descobrimentos. Tratou-se de um grito anticapitalista, anticolonialista, ou anti-ambos? Os dois movimentos estão ligados?

Nenhum dos dois, isto foi um movimento anti Portugal. No fundo, estes vândalos tentam julgar o passado à luz de um “historicamente correto” que é, no mínimo, absurdo. Não há qualquer tentativa de discurso em atos de vandalismo puro. Um povo sem passado, é um povo sem memória e sem futuro.

O que pensa das pessoas que defendem que o Padrão dos Descobrimentos deveria ser apagado?

Penso que nunca ninguém erguerá um monumento em memória dessas pessoas e que cada uma delas representa uma estátua em honra da estupidez. São o cúmulo da falta de noção e representam uma grave violação da história da nossa nação. Quem não respeita a nossa história, não merece o país que tem. E o pior é que algumas dessas luminárias ocupam lugares cimeiros no partido do Governo, embora António Costa opte por não se pronunciar quando se exigia que defendesse a nossa história e os colocasse na ordem!

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