É oficialíssimo. Depois de meses de dúvidas sobre se Lionel Messi iria continuar em Barcelona ou não, e caso saísse quem iria ganhar a corrida – PSG ou Manchester City – pelo craque argentino, Messi fez rugir a capital francesa, onde milhares de adeptos se plantaram nos arredores do aeroporto de Le Bourget à sua espera. Eis que, como um Messi(as) que chega para responder às preces dos parisienses e para completar um investimento milionário que, até agora, ainda não rendeu grandes feitos, o internacional argentino aterrou em Paris para juntar-se a um plantel composto, entre outros, por Kylian Mbappé e Ángel Di María (colega de seleção), bem como o antigo colega de equipa Neymar Jr., que terá sido uma peça-chave na mudança de Messi para o PSG.
35 milhões de euros líquidos por época foram convenceram o jogador, que esteve mais de 20 anos ao serviço dos blaugrana, a mudar de ares. O contrato é válido durante duas temporadas, com opção de uma terceira, o que totalizaria ganhos na ordem dos 105 milhões de euros para Lionel Messi.
À procura da Europa
Os parisienses, apesar dos milhões e milhões de euros gastos nos últimos anos, ainda não atingiram o objetivo máximo: um título na Liga dos Campeões. O mais perto que estiveram foi na final da edição de 2020, onde perderam frente ao Bayern de Munique. Diga-se de passagem que a última temporada também foi pouco frutuosa para o PSG, apesar do seu milionário plantel. Foram eliminados da Liga dos Campeões nas meias-finais, frente ao Manchester City, e tiveram de se contentar com o segundo lugar na Ligue 1, conquistada pelo Lille.
Mas com a chegada de Lionel Messi, o panorama sorri mais do que nunca ao clube presidido pelo qatari Nasser Al-Khelaifi. “O meu objetivo e o meu sonho aqui [em Paris] é ganhar mais uma Liga dos Campeões”, revelou o craque argentino em conferência de imprensa. Aos 34 anos, Messi venceu quatro títulos da liga milionária com o emblema do Barcelona ao peito, o último deles em 2015, e seis Bolas de Ouro.
Festa em paris
A receção na capital francesa esteve à altura da ocasião. Desde a chegada do “novo diamante” a Paris, como o próprio clube se lhe referiu, até à conferência de imprensa, no Parque dos Príncipes, na quarta-feira de manhã, os parisienses celebraram euforicamente. Messi, que terá o número 30 nas costas (o 10 está entregue a Neymar), poderá ser o jogador chave para levar, finalmente, o PSG às vitórias que lhe têm escapado ao longo dos últimos anos.
Em conferência de imprensa, lado a lado com Nasser Al-Khelaifi, as emoções estiveram ao rubro, os sonhos e planos – tanto dos parisienses como de Messi – alinharam-se. Depois das lágrimas na despedida de Barcelona, o argentino não escondeu a sua felicidade por chegar a Paris, junto da sua família, onde representará o segundo clube da sua carreira profissional, que conta mais de 17 anos.
“Desde o dia em que o Barcelona comunicou a saída, foi tudo muito rápido… Estou feliz e com muitas ‘ganas’ de começar a ganhar neste clube ambicioso. Tenho de estar preparado para tentar ganhar títulos. Foi uma loucura a minha chegada, foi surpreendente. Estou confiante que vamos desfrutar muito. E obrigado também aos adeptos, foi uma loucura desde a o primeiro minuto.” Estas foram as palavras do argentino no início da conferência de imprensa.
Sobre partilhar a equipa com estrelas como Kylian Mbappé, Messi não escondeu o entusiasmo, garantindo ser “uma loucura poder partilhar o dia a dia com este plantel”. “Há contratações espetaculares além dos jogadores que já cá estavam. Vou treinar com os melhores e isso é lindo”, continuou, não deixando de fora as emoções e a ansiedade dos últimos dias. “Tudo o que aconteceu esta semana foi duro e rápido, emocionante, sem esquecer tudo o que passei e vivi. Mas agora estou confiante para esta nova etapa, para mim e par a minha família. Vivi muitas coisas em tempo recorde, ninguém está preparado para viver algo assim tão duro”, concluiu.
Não se sabe ainda quando será a estreia do jogador com a camisola do PSG, visto que está parado há um mês, e a liga francesa já começou.