O coordenador da task-force de vacinação contra a covid-19 confirmou, este sábado, que há cerca de meio milhão de vacinas cujo prazo termina em outubro. Contudo, o responsável garantiu que não serão desperdiçadas vacinas e que estas serão doadas “para utilização imediata”.
“Não se vão desperdiçar vacinas nenhumas”, disse o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, em declarações aos jornalistas num centro de vacinação em Loures, depois de confirmar que “há cerca de meio milhão de vacinas”, todas da AstraZeneca, cuja validade “acaba no fim de outubro”.
Tal como o Ministério dos Negócios Estrangeiros já tinha confirmado ao i, estas vacinas serão enviadas para Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e Timor-Leste ainda durante o mês de agosto.
“Temos muito cuidado com isso e estamos a fazer a doação para que as vacinas sejam úteis o mais rapidamente possível a outros povos e outras nações (…) Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Timor-Leste ”, indicou.
“Ao todo, já foram enviadas mais de 200 mil vacinas e estão a ser enviadas mais. Tem de se perceber que só agora é que começamos a acumular vacinas”, acrescentou, explicando ainda que, além destas, as vacinas que cá ficam têm “validade até 2022”.
Este sábado arrancou também a vacinação dos jovens de 16 e 17 anos e o coordenador da task-force adiantou que responderam ao agendamento mais de 160 mil jovens.
“Tenho uma elevada expectativa de adesão a este processo. Andei pelos centros de vacinação de manhã e vi muita gente alegre por poder finalmente ser vacinado e por isso estou muito confiante de que isto vai correr muito bem”, disse.
Questionado sobre se a vacina é mesmo a forma mais eficaz de combater a pandemia, Gouveia e Melo foi claro. “Quem não acredita nisso poderia esperar para estarem infetados 10 milhões”. “Só infetamos um milhão em 10 porque entretanto iniciou-se um processo de vacinação que nos veio resgatar de uma situação em que estávamos reféns de um vírus”, sublinhou.