A procura por moradias para compra aumentou 36,7% no primeiro semestre de 2021, comparativamente ao período homólogo de 2019, e 16,2% em relação ao mesmo período de 2020, revelou um estudo do Imovirtual, divulgado esta segunda-feira.
Em comunicado, o portal imobiliário detalha que as regiões cujo crescimento mais se destacou no primeiro semestre de 2021 sobre o de 2019 são Lisboa (+664,7%); Setúbal (+621,8%); Porto (557,6%); Braga (+531,3%) e Vila Nova de Gaia (+522,8%). Destas, todas registaram um crescimento bastante mais ténue (+3% em Lisboa, +1,2% em Braga e +13,6% em Vila Nova de Gaia) relativamente ao 1º semestre de 2020, exceto Porto e Setúbal, que decrescem -1,6% e -0,4%, respetivamente.
Relativamente ao preço médio das moradias, “no primeiro semestre de 2021, houve um aumento de 7,92% em relação ao período homólogo de 2019 (388.412€) e 3,36% em relação ao de 2020 (405.570€), situando-se neste primeiro semestre em 419.188€”.
Lisboa (807.621€) e Faro (676.196€) foram os distritos com o preço médio mais elevado no primeiro semestre de 2021, enquanto Guarda (121.369€) e Portalegre (125.931€) registaram os valores mais baixos.
Já os terrenos para compra foram a categoria a verificar o maior crescimento (+68,9%) no primeiro semestre, comparativamente ao mesmo período de 2019, tendo também aumentado relativamente a 2020 (+21,3%).
De acordo com os dados do Imovirtual, Charneca da Caparica (+608,1%), Braga (+473,7%), Setúbal (+460,5%), Porto (+341,6%) e Lisboa (286,3%) foram as regiões com maior crescimento no primeiro semestre de 2021 comparativamente aos mesmos meses de 2019.
Destas, as que mantiveram um crescimento no primeiro semestre deste ano em relação ao do ano passado foram a Charneca da Caparica (+21,9%), Braga (+8,1%) e Setúbal (+6,4%). Por outro lado, Lisboa (-6,4%) e Porto (-2,6%) revelaram um decréscimo neste período.
As quintas e herdades foram a categoria com o segundo maior crescimento da procura (+43,5%) no primeiro semestre de 2021 em relação ao mesmo período de 2019. Contudo, comparativamente com o período homólogo de 2020, o crescimento foi mais tímido – apenas 0,8%.
Os distritos com maior crescimento comparando com o primeiro semestre de 2020 foram Castelo Branco (+692,2%), Évora (+513,5%), Santarém (+461,7%), Setúbal (+402,8%) e Lisboa (+323,2%). No comparativo do primeiro semestre deste ano com o de 2020, Lisboa (-17,1%), Setúbal (-11%) e Évora (-9%) foram, entre os distritos referidos, aqueles cuja procura diminuiu. Por sua vez, a procura continuou a aumentar em Castelo Branco (+14,4%) e Santarém (+4,1%) neste período.
Entre o mercado de compra e venda, “os apartamentos foram a única tipologia cuja procura decresceu no primeiro semestre (-17,2%) em relação ao período homólogo de 2019”, indica ainda o portal imobiliário, acrescentando que quando comparado com o mesmo período de 2020, “nota-se uma recuperação de 1,7%”.
O preço médio dos apartamentos aumentou 16,76% em relação ao período homólogo de 2019 (273.520€) e 3,42% em relação ao de 2020 (308.793€), situando-se neste primeiro semestre em 319.368€, sendo que Lisboa (507.804€) e Faro (296.240€) foram também os distritos onde se verificou o preço médio mais elevado, enquanto Portalegre (87.745€) e Guarda (98.835€) revelaram os valores mais baixos.