Um jornalista foi alvo de um ataque com cocktail molotov na cidade de Groningen, no norte dos Países Baixos, durante a noite de quarta-feria.
Segundo revelam as autoridades, “material em chamas” foi lançado contra as janelas da casa do jornalista Willem Groeneveld, que escreve para o jornal local Sikkom. Groeneveld e a mulher acordaram com o barulho dos vidros a partir as janelas e conseguiram apagar as chamas e atirar fora os engenhos explosivos.
A polícia encontrou diverso material inflamável junto à habitação do jornalista, escreve o Sikkom.
Um comunicado na página oficial da polícia dos Países Baixos afirma que “está a ser conduzida uma extensa investigação sobre um incidente em que material em chamas foi lançado em casa de um jornalista”.
“Felizmente ninguém ficou ferido, mas o jornalista e a companheira ficaram muito transtornados. A causa ainda não é conhecida, mas a polícia está a levar o caso muito a sério. Independentemente do motivo, os jornalistas devem poder fazer o seu trabalho livremente”, acrescenta a nota.
De acordo com a imprensa internacional, Groeneveld já tinha sido ameaçado e vítima de ataques no passado. Há cerca de dois anos foram atiradas várias pedras contra as janelas da sua casa e ainda na semana passada, numa entrevista à revista Villamedia, o jornalista admitiu "olhar por cima do ombro com mais frequência quando andava pela rua".
O ataque surge cerca de um mês depois da morte do jornalista de investigação Peter de Vries, baleado na cabeça numa rua central de Amesterdão.
“Após a tentativa de assassínio ao Peter de Vries, este é o segundo ataque a um jornalista holandês num curto período de tempo", afirmou Thomas Bruning, secretário-geral da Associação de Jornalistas Holandeses. “Inacreditável, isto podia ter terminado de forma horrível”, acrescentou no Twitter.