A Associação Nacional de Discotecas (AND) disse ontem acreditar que “este é o momento” para voltar a abrir os espaços de diversão noturna.
José Gouveia, diretor da associação, considera que não há necessidade “de esperar até outubro para que as discotecas possam abrir”, uma vez que isso seria o “adiar de uma situação que só iria criar mais problemas e falências”. José Gouveia fez estas declarações após o vice-almirante Gouveia e Melo ter referido que, na próxima semana, Portugal atingiria os 85% de população vacinada. “Este é o momento, se para a semana atingirmos os 85% da vacinação em Portugal e dado que o Governo disse que as discotecas abriam quando se atingisse esses números”, frisou.
O representante da AND afirma ainda que está na altura de “deixar para trás um certo preconceito” para com estes estabelecimentos, que foram os que mais sofreram durante a pandemia. “As discotecas em Portugal estão preparadíssimas para abrir, com todas as restrições que daí advenham”, afirmou José Gouveia, adiantando que, apesar de continuarem com “a consciência de que as pistas de dança têm de ficar em ‘stand-by’”, acreditam que “numa casa com mesas as pessoas possam levantar-se para dançar com máscara”.
O dirigente questiona ainda o porquê de, “depois de retirada a limitação [da lotação] nos transportes públicos”, não se poder “dançar numa pista de dança com máscara”.
José Gouveia recordou que foi dada ao setor a oportunidade de funcionar como bar, sendo isso, no entanto, “insuficiente para a estrutura pesada” que este tipo de empresas tem. “Não vejo o porquê de continuarmos fechados. Ainda temos um período de verão a decorrer, ainda temos um período de férias para os nossos estudantes que estão certamente esfomeados de se divertirem de noite, de discotecas, de dançaram, de estarem mais à vontade e de sentirem alguma liberdade”, desabafou.
O levantamento gradual das restrições impostas devido à covid-19 permitiu que o horário de encerramento da restauração fosse alargado até às 2h00. Nestas medidas está incluída a reabertura de bares e outros estabelecimentos de bebidas “sujeitos às regras da restauração”. Os bares que se recusem a funcionar com estas regras e as discotecas permanecerão encerrados até outubro.