Após vacinar completamente 85% da população contra a covid-19, Gouveia e Melo acredita que “não é necessária uma task-force”

Tudo indica que neste fim de semana será atingido o patamar de 85% da população com pelo menos uma dose inoculada. Já a marca dos 85% com a vacinação completa será traçada até ao fim deste mês, apontou o coordenador da task-force. 

O vice-almirante Gouveia e Melo afirmou que Portugal está a chegar “ao limite do público-alvo para ser vacinado”, ao assinalar que a meta dos 85% da população com a vacinação completa contra a covid-19 deverá ser atingida até ao fim do mês.

A campanha de vacinação massiva está "mesmo já no fim, tirando as crianças dos 0 aos 12 anos, que são entre 11% e 12% [da população], e havendo 03% a 04% de pessoas que recusam a vacina", o que significa que “não teremos muito mais população para vacinar”, explicou o coordenador da task-force à agência Lusa.

Tudo indica que neste fim de semana será atingido o patamar de 85% da população com pelo menos uma dose inoculada. Com estas percentagens, Gouveia e Melo acredita que no futuro “não é necessária uma task-force”, seja para fazer reforços de vacinação ou para a eventual vacinação contra a covid-19 se tornar num processo regular.

"O que está recomendado é uma vacinação reforçada para pessoas que estão imunossuprimidas. Estamos a falar num universo de, no máximo, 100 mil pessoas, se calhar até inferior", realçou, ao acrescentar que “neste momento há reserva de vacinas para essa terceira dose”.

Ainda que a task-force tenha sido “uma máquina montada de forma extraordinária para um processo extraordinário”, Gouveia e Melo reconheceu que a campanha anual de reforços da vacinação poderá ser garantida pelos cuidados de saúde primários, uma vez que já o “faziam para a vacinação da gripe”.

Segundo o responsável pela task-force, o ritmo da vacinação foi acelerado no momento em que a variante Delta começou a atingir o país em larga escala.

"Nós tivemos a variante Delta muito cedo. Quando atingimos cerca de 55% das segundas doses, já com a variante Delta, notou-se uma quebra da incidência, que deixou de aumentar e começou a cair. O processo de vacinação foi combatendo sistematicamente a incidência e ajudando a combatê-la. Neste momento, estamos a ganhar. Apesar do desconfinamento, apesar de haver muita mobilidade, férias, estrangeiros em Portugal, a incidência está a baixar", salientou o vice-almirante.

Agora, com o novo ano letivo, Gouveia e Melo admitiu que se poderá assistir a um aumento de casos, visto que o vírus “gosta de ajustamentos”, contudo mostra-se otimista: "Estou convencido que com a taxa de vacinação que nós temos na população, a incidência não aumentará muito, poderá aumentar temporariamente, mas vai cair naturalmente".

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