O inquérito à insurreição no Capitólio, a 6 de janeiro, está a aquecer, tendo a comissão responsável requisitado acesso a registos das atividades do Executivo de Donald Trump, para perceber o seu grau de envolvimento, bem como pedido a grandes plataformas de redes sociais, como a Facebook ou Twitter, que preservem os dados de centenas de pessoas, incluindo congressistas republicanos, para que eventualmente possam ser escrutinados.
A comissão de inquérito, encabeçada por democratas e por uma alguns republicanos que desafiaram as ordens de boicote da liderança do seu partido, asseguram que estão apenas a reunir dados, não a acusar indivíduos de algum crime. Mas o líder dos congressistas republicanos, Kevin McCarthy, citado pelo Guardian, já ameaçou os gigantes do setor tecnológico que, se acederem aos pedidos da comissão, “uma maioria republicana não irá esquecer”.
Para vários democratas, as declarações de McCarthy podem ser lidas como obstrução à justiça. “Ele está a lançar ameaças contra pessoas por cooperarem com uma investigação do Congresso”, salientou Jamie Raskin, congressista e membro do comité.