‘Homem-aranha francês’ escala torre de 187 metros para protestar contra certificado digital

“É um atentado às liberdades fundamentais, este passe é uma vergonha”, disse Alain Robert antes de começar a escalada, acrescentando ainda que esta ação é também uma homenagem ao ator Jean-Paul Belmondo, que morreu ontem, aos 88 anos. 

O alpinista Alain Robert, conhecido por ser o “homem-aranha francês”, começou a escalar, esta terça-feira, apenas com o apoio das suas mãos, uma torre de 187 metros no bairro comercial de La Défense, perto de Paris.

Como protesto contra o certificado digital covid-19, Alain Robert está a subir pela 11.º vez a torre Total Coupole, porém com companhia, algo que o “homem-aranha francês” nunca teve durante esta escalada.

Acompanhado por três jovens alpinistas de 21, 28 e 33 anos, que consideram ser uma “honra” participar nesta ação com uma lenda do país, Robert disse à imprensa, antes de começar a escalada, que "é uma subida contra o passe sanitário, que irrita toda a gente". "É um atentado às liberdades fundamentais, este passe é uma vergonha", acrescentou.

"É também uma homenagem a Jean-Paul Belmondo, que fez as suas próprias acrobacias", sublinhou o alpinista, no dia seguinte à morte do ator francês, aos 88 anos.

Alain Robert ficou famoso, em França e no mundo, por ter escalado com as mãos mais de uma centena de arranha-céus e outros monumentos urbanos, a maior parte das vezes sem qualquer segurança e principalmente sem autorização.

Esta não é a primeira vez que Robert sobe ao topo de uma torre para se manifestar contra a covid-19. Em março de 2020, escalou ao topo da torre Agbar, em Barcelona, para se manifestar contra o medo do novo coronavírus.