A ministra da Saúde, Marta Temido, revelou, esta sexta-feira, que o país está a preparar-se caso venha a ser necessário revacinar a população contra a covid-19. Apesar de haver “quantidades” suficientes, a governante que o cenário não é “provável, possível ou equacional”.
Segundo Marta Temido, na reunião de ontem do Infamerd, foi possível perceber “o momento em que estamos e o momento mais a médio prazo” da pandemia de covid-19. “Temos uma taxa de população vacinada que nos traz um elemento altamente protetor, apesar de estarmos com um número de casos diários que ainda é elevado”, sublinhou.
"Ainda há incertezas" que se prendem com "o eventual decaimento da imunidade ao longo do tempo".
Para a ministra, é possível que “num período que é já de si mais agressivo – que é o inverno, onde estamos mais expostos ao frio, mais vulneráveis –, tenhamos de ter em atenção uma possível necessidade de haver um aumento de casos e temos de o precaver”.
“Se for necessário, recorrendo a uma dose de vacina para populações com uma especial fragilidade”, acrescentou, sublinhando que “ainda não há orientações nesse sentido” da Agência Europeia do Medicamento e que “há poucos estudos” sobre o “decaimento da imunidade”.
"Estamos a preparar tudo para estarmos preparados se precisarmos de o fazer. Há quantidades para, se for necessário, revacinar a totalidade da população portuguesa. Mas não é esse cenário que acreditamos ser provável, possível ou equacionável", frisou.
Para já, as autoridades de saúde estão "a preparar tudo para possibilidade de haver necessidade de vacinar uma população mais frágil", especialmente em função da idade.