Os trabalhadores alemães não-vacinados que tenham de entrar em quarentena não receberão compensação pelos salários perdidos, anunciou na quarta-feira o ministro da Saúde, Jens Spahn. A medida entrará em vigor em simultâneo em todos os estados alemães, pelo menos até 11 de outubro, mostra um esboço das novas regras visto pela Reuters.
“Não é uma questão de pressão, é uma de justiça”, justificou Spahn. “Porque é que outros haviam de pagar pelo facto de alguém decidir não ser vacinado”, questionou o ministro da Saúde, citado pela DW, salientando que a vacinação continua a não ser obrigatória. Mas os críticos da medida acusam que, para muita gente, que não tem dinheiro de ficar de quarentena, é como a vacinação passasse a ser obrigatória.
Além de pessoas que recusaram a vacinação, também perderão os subsídios quem volte de viagens de áreas consideradas de alto risco, como o Reino Unido, partes de França ou a Turquia, de onde muitos alemães são originários. “Porque é que é que havíamos de pagar por alguém que acabou de quarentena depois de umas férias a uma área de risco?”, questionou Spahn.