O Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde da Universidade de Washington (IHME na sigla inglesa) atualizou as projeções sobre a evolução da pandemia até 1 de janeiro do próximo ano. Com o avanço da vacinação em Portugal e mesmo com mobilidade superior à do ano passado, a projeção é que as infeções (diagnosticadas ou não) se mantenham a descer com a tendência a estabilizar nos próximos meses, mantendo-se na casa das mil infeções diárias, podendo haver um aumento de casos em dezembro. Em termos de projeções de mortalidade, o IHME estima no seu cenário mais provável que o país chegue ao final do segundo ano pandémico com um balanço de 18 300 mortes associadas à covid-19, com cerca de 400 óbitos ao longo dos próximos meses, menos do que no verão. Num pior cenário, que assenta em premissas como maior disseminação de novas variantes, maior mobilidade e se as pessoas vacinadas deixarem de usar por completo máscaras, as projeções do IHME admitem que possa haver no outono-inverno um pico de infeções superior ao do último janeiro/fevereiro, com proporcionalmente menos mortes, mas que poderia representar mais de 4 mil mortes nos próximos meses, chegando-se ao fim do segundo ano da pandemia com 22 mil óbitos associados à pandemia.
O SNS tinha ontem 412 doentes internados com covid-19, 75 em cuidados intensivos, agora menos do que há um ano. Continua no entanto a ser uma doença que leva mais pessoas à UCI do que a gripe: num outono-inverno ‘normal’, de outubro a março, costumam passar pelos cuidados intensivos 180 a 190 doentes com diagnóstico de gripe de acordo com os balanços de vigilância gripal do INSA.