R Kelly foi considerado culpado, na segunda-feira, de crimes de crime organizado, coerção e transporte de mulheres e raparigas menores para envolvimento em atividades sexuais. A condenação surge após cerca de seis semanas de julgamento.
O rapper foi ainda considerado culpado de ter violado oito normas definidas na Lei Mann, que proíbe o transporte de pessoas para outros estados para atividades sexuais ilegais.
Ao longo de seis semanas de julgamento foram convocadas 45 testemunhas ao Tribunal Federal do Distrito Leste de Nova Iorque, entre as quais onze vítimas do rapper – nove mulheres e dois homens. Após as alegações finais, o júri, composto por 12 pessoas, deliberou por 12 horas até tomar uma decisão.
Entre as vítimas está uma bailarina, que revelou ser obrigada a ter relações sexuais com o artista como forma de “pagar a dívida” que tinha por ter sido “apresentada ao mundo artístico”. A mesma contou ainda que um dia foi violentamente agredida e forçada a ter relações sexuais por ter saído de um hotel sem autorização.
Outra das vítimas de R Kelly terá sido a cantora Aaliyah, com quem o artista casou ilegalmente quando esta tinha apenas 15 anos.
Segundo as audiências em tribunal, o rapper tinha ‘um padrão’: conhecia as vítimas em concertos e prometia-lhes que podiam vingar no mundo da música com a sua ajuda.
Os procuradores do caso consideraram que as vítimas foram “doutrinadas” para estar no mundo de R Kelly e para satisfazerem as suas vontades sexuais sob “meios coercitivos de controlo”, que incluem o isolamento e “castigos cruéis”.
“Não é um génio. É um criminoso. É um predador sexual”, afirmou a procuradora Nadia Shihata ao júri, durante o julgamento. “Escrever músicas de sucesso e dar concertos em palco não lhe dá autorização para cometer crimes”, acrescentou.
Robert Sylvester Kelly, conhecido como ‘R Kelly’, poderá agora ser condenado a prisão perpétua, mas a sentença só será conhecida a 4 de maio de 2022. De sublinhar que o artista enfrenta acusações semelhantes em Chicago.
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