O Web Summit está de regresso em modo presencial, decorrendo entre 1 e 4 de novembro na Feira Internacional de Lisboa (FIL) e no Altice Arena, depois de uma edição em formato online em 2020. Aquela que é considerada uma das maiores conferências de tecnologia e empreendedorismo do mundo, vai trazer cerca de 40 mil visitantes a Lisboa, revelou o fundador e presidente executivo do evento Paddy Cosgrave, numa conferência de imprensa, esta terça-feira, em conjunto com o ministro da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira.
“É ótimo estar de volta. Estamos muito entusiasmados pela Web Summit acontecer fisicamente em novembro. Não sabíamos se iria sequer acontecer”, afirmou Paddy Cosgrave.
O CEO contou que à medida que outros grandes eventos tecnológicos regressaram ao formato físico, a organização sentiu-se encorajada a avançar com a edição presencial da conferência e as expetativas são positivas. “Ao início fomos muito conservadores e estávamos a apontar para 10 mil participantes e depois fomos aumentando o número para 15 mil, 30 mil e agora esperamos 40 mil pessoas de todo o mundo”, indicou, relembrando que a segurança será também uma prioridade.
Anteriormente, a organização já tinha confirmado que vai ser obrigatório ter certificado de vacinação ou, em alternativa, teste PCR ou antigénio negativo, realizado até, no máximo, 72 horas antes, para aceder à conferência.
Também por razões de segurança serão feitas alterações ao Night Summit, que irá decorrer em mais do que um espaço para evitar a concentração de pessoas.
Este ano o evento será mais reduzido, mas Paddy Cosgrave espera que em 2022 volte à dimensão normal da pré-pandemia.
Sobre os rumores de que o Web Summit iria transitar para a China, o empreendedor irlandês preferiu reafirmar o compromisso da organização com Lisboa até 2028, garantindo ainda que a mudança recente na liderança da Câmara Municipal não terá impacto.
"As eleições foram no domingo e é cedo para comentar, mas não espero nenhuma mudança”, disse, aproveitando para elogiar o trabalho de Fernando Medina e saudar a vitória de Carlos Moedas. “Medina foi um ótimo presidente da câmara. Conheço Carlos Moedas do tempo em que era comissário europeu. Lisboa vai ficar muito bem servida para o futuro”.
No Web Summit 2021, além do primeiro-ministro, António Costa, e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, estão igualmente confirmados oradores como a atriz e comediante Amy Poehler, o presidente da Microsoft Brad Smith, a comissária europeia Margrethe Vestager, a apresentadora Cristina Ferreira e o jogador de futebol Gerard Piqué.
Quanto aos oradores, Paddy Cosgrave realçou que este ano a aposta será em novos empreendedores, após críticas à edição de 2019 que trouxe “CEOs do ontem”. “Vai haver um grande número de pessoas que nunca viram, que nunca estiveram em palco”, desvendou.
A estes deverão juntar-se mais de mil oradores, cerca de 1250 startups, 1500 jornalistas e mais de 700 investidores.
Na mesma conferência de imprensa, o ministro da Economia disse que o evento "é um estímulo à atividade turística e vai trazer um impulso no meio da época baixa do outono”.
Pedro Siza Vieira adiantou ainda que Lisboa irá acolher a primeira assembleia-geral da European Startup Nations Alliance (ESNA), durante a Web Summit. A ESNA foi criada durante a presidência portuguesa da UE, no âmbito da iniciativa Nação Startup, que visa “criar um ecossistema vibrante para as empresas crescerem rapidamente”.
“Será uma oportunidade de apresentarmos o nosso novo pacote de apoio ao empreendedorismo e à inovação, o que coincidirá com a dinamização acrescida que pretendemos fazer chegar num contexto em que a transição digital se acelera”, acrescentou o governante.