O líder parlamentar do CDS-PP revelou, esta sexta-feira, que Miguel Arrobas da Silva assumirá o cargo de deputado deixado vago por Ana Rita Bessa, e aproveitou para sublinhar que apenas apenas "cumpre a lei" na substituição de membros da bancada.
"Os dirigentes do partido que a propósito desta matéria resolveram aproveitar para atacar a liderança Parlamentar fizeram-no seguramente, ou por desconhecer a Lei e as suas obrigações imperativas, ou por não terem conhecimento dos factos", lamentou Telmo Correia, na sequência das críticas ao facto de Sebastião Bugalho, que recusou o convite, ter sido chamado para assumir o lugar de Ana Rita Bessa depois de Isabel Galriça Neto se ter mostrado indisponível.
"O Presidente do Grupo Parlamentar não entra nem quer entrar em polémicas públicas com a direção do partido, até porque tem consciência do dano que isso causa à imagem externa do CDS. Não pode, no entanto, deixar de lamentar e por isso vem corrigir algumas afirmações que, quer do ponto de vista factual, quer do ponto de vista da lei, pouco informadas", adiantou Telmo Correia, num comunicado divulgado esta sexta-feira, dia em que o Expresso publicou uma entrevista do presidente do partido.
Sublinhe-se Francisco Rodrigues dos Santos lamentou ter sabido do convite feito a Sebastião Bugalho pela imprensa e não “pelos canais formais e próprios dentro do CDS”.
Ao que o líder da bancada do CDS responde que "teria sempre de seguir a ordem da lista eleitoral" e que "não determina quem substitui e apenas contacta os elementos seguintes para saber se aceitam, o que foi feito e concluído hoje".
Sublinhe-se que na entrevista, Rodrigues dos Santos parece dar mais a entender que o seu desagrado está relacionado com a pessoa anunciada para substituir Ana Rita Bessa e não tanto pelo facto de ter ou não sido consultado.
O líder do CDS recordou que há dois anos se tinha pronunciado contra a integração do Sebastião Bugalho nas listas, dizendo preferir que "tivesse sido o Francisco Camacho, que era o vice da JP, que tinha mais experiência".
Telmo Correia também abordou este ponto no seu comunicado, "fica particularmente evidente que não tem qualquer sentido, por muito interessante que fosse a ideia" a possibilidade de convidar para deputado o atual Presidente da Juventude Popular Francisco Camacho.
"O Dr. Francisco Camacho não integrou a lista de candidatos por Lisboa, pelo que nunca poderia ser 'convidado' para substituir uma candidata por este círculo. Isto, no pressuposto que de que era possível impedir todos os outros de assumirem o mandato que era seu por força da Lei", acrescentou.